Razão!

Eu poderia começar o texto por uma frase feita, do tipo: “Ser feliz ou ter razão?”. E vou começar, de fato, dessa forma mesmo: SER FELIZ OU TER RAZÃO? O que vale mais?

Aliás, hoje a coisa ficou complicada, desde o início. Afinal, o que significa ter razão? Vou além: o que é, de fato, ser feliz?

Quem, sem pensar, sabe me dizer hoje o que é ser feliz? Depois de uma discussão em uma aula de filosofia, lá no preâmbulo do curso de Direito, depois de sempre pensar que felicidade deveria ser classificada em substantivos, adjetivos, ou até, buscando o Wando que existe em mim: “Nome, sobrenome, sorriso lindo e olhar encantador”, simplesmente entendi que felicidade é algo que nos faz bem. Hoje, resumo, felicidade a “algo que me faz bem”. E são tantas coisas que me fazem bem, sejam elas simples ou grandiosas, são, sim, diversas as coisas que me fazem bem.

Por outro lado, há coisas que me fazem muito mal. Aliás, eu costumo dizer que eu posso às vezes não saber muito bem o que eu quero, mas eu tenho plena convicção do que eu não quero. E, verdade, hoje posso dizer que, olhando ao redor, poderia identificar muito mais coisas que eu não quero do que das que eu efetivamente quero. E, hoje, afirmo categoricamente que, se tem uma coisa que eu não quero é “ter razão”. Mas eu não disse até agora o que é ter razão. Como eu poderia, então, dizer que não quero ter razão se eu mesmo não expliquei o que é. 

Ter razão, para mim, está na tênue linha entre o certo e o errado. Ter razão quer dizer, me parece, a ideia de antagonismo. Ter razão significa, de fato, ser o dono da verdade. Ou, pelo menos, daquela verdade. Dias atrás, em uma das minhas conversas com a Cíntia Willers, com quem tenho e sempre tive pouca convivência, mas admiro muito a forma de pensar e por isso gosto muito de conversar, e com quem, quem sabe ainda saia algum projeto, quando o tempo e a vida permitir, convergimos no sentido de que, quando se atinge um determinado nível de consciência, o melhor é calar e deixar o outro com a sua razão. 

Entendemos, pois, ao que parece, que, se felicidade é algo que nos faz bem, e que ter razão é ser o oposto de alguém, melhor mesmo é manter o silêncio e deixar a pessoa com a sua razão. Saímos, pois, ambos felizes…

Até a próxima!

 

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