Razão – parte dois

Na semana passada escrevi sobre a difícil escolha entre ser feliz e ter razão. Sabia que não seria possível, em mais ou menos 500 palavras, esgotar o assunto. E não foi! Vi-me compelido a, mais uma vez, tratar disso, retomando o assunto com mais uma reflexão, agora falando sobre razões e emoções.

Pois bem, em nenhum momento, escrevendo aquele texto, eu tratei de “ser feliz” como emoção. Mas afinal, o que é “ser feliz” senão a mais pura e lídima tradução de uma emoção? Razão e emoção, então, têm que andar separado?

Definitivamente não! 

Posso, sim, agir de maneira racional, dosando as emoções empregadas nesse agir. Afinal, mesmo a razão tem um componente emocional. A razão é, sim, uma das formas de expressão da emoção. Essa, porém, muitas vezes é que deixa a razão de lado, quando somos compelidos de um ímpeto de raiva, por exemplo.

Momentos antes de escrever este texto, conversava com uma pessoa que estava compelida de um sentimento de desgosto para consigo. Até raiva dava para perceber na sua fala. Reclamava da condição das estradas entre Caxias e Bento Gonçalves, atribuindo aos prefeitos locais essa responsabilidade.

Eu tentei explicar-lhe que as estradas intermunicipais são de responsabilidade do Poder Público Estadual, não havendo possibilidade de interferência dos prefeitos nessas, a não ser pelo trabalho que fazem buscando melhorias para a sua região junto ao governo do Estado.

Disse-lhe, inclusive, que estão sendo realizadas melhorias, tendo sido, já, realizadas diversas obras na nossa região. Ela, inicialmente reticente, já que teve seu pneu estourado em um buraco, parece que aceitou que, em outro momento, passado o sentimento ruim do fato desagradável, eu lhe explique essa divisão de competências para que, pelo menos, ela possa reivindicar dos efetivos responsáveis essas melhorias e não culpar o Poder Público local pela situação. Tentei, neste ato, fazê-la recobrar a razão. E não foi a minha razão, mas a explicação técnica para tal…

Há, porém, diversamente do relato acima, no qual foi necessário esperar que a emoção se acalmasse para que se vissem os fatos racionalmente, momentos em que razão e emoção andam junto. Falo aqui do casamento do meu querido amigo Cleber Dalla Colletta. Este, unindo razão e emoção, hoje casa, oficialmente, com a Dra. Elisa Tognon Dalla Colletta. Tenho certeza que essa união, que será um momento de pura emoção para todos nós, é fruto da mais pura razão de ambos. (Aliás, acho que o Dr. Cleber recobrou a razão e desistiu de me fazer presidente da OAB local… Hahaha!) Que o Papai do Céu abençoe muito vocês e o pequeno Breno Antônio, também fruto da razão, e que só lhes aflora as melhores emoções. Parabéns, queridos! Felicidades!

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