Recolhimento de lixo eletrônico cresce em Bento

O lançamento de produtos cada vez mais sofisticados e as facilidades para compra permitem que o consumidor substitua rapidamente seus eletroeletrônicos. Diante disso, surge a dúvida: o que fazer com os equipamentos antigos? Isso deixou de ser um problema para moradores de Bento Gonçalves há cerca de três anos, quando a Associação Ativista Ecológica (AAECO) iniciou seu trabalho de recolhimento do chamado lixo eletrônico. “No primeiro ano, como não realizamos muita divulgação, recolhemos pouco material. No ano passado foram entregues mais de 24,5 toneladas de lixo eletrônico. E nesse ano cresceu ainda mais”, descreve Gilnei Rigotto, secretário-geral da entidade.

Cerca de uma tonelada de pilhas e baterias e mais de 27,5 toneladas de lixo eletrônico foram entregues até a primeira quinzena de dezembro. “Diariamente de sete a oito pessoas vem até a AAECO para realizar a entrega de materiais, alguns deles novos”, conta. Entre os materiais mais descartados estão os  componentes de computadores.

Todo material entregue na entidade é testado pelos funcionários da ONG. “Cerca de 90% do material entregue não funciona, e é destinado a uma empresa especializada em reciclagem na cidade de Novo Hamburgo. Os outros 10% possuem três destinos: alguns são doados para entidades e instituições carentes, os modelos mais antigos são guardados para fazerem parte do museu do eletrônico e outra parte é vendida para custear as despesas da entidade”, descreve.

A entrega de materiais pode ser realizada de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h. A AAECO está situada na avenida Osvaldo Aranha, 493 (antigo estádio do Esportivo). Mais informações pelo fone 3452 9710 ou pelo e-mail: aaseco_bg@yahoo.com.br.

Pilhas e baterias: A partir de 2012, a AAECO não irá mais recolher pilhas e baterias. Elas devem ser entregues no local da compra. Conforme Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, que estabelece a implantação de sistemas de logística reversa, para que após o uso pelos consumidor o produto seja devolvido no mesmo local de compra. Entre os produtos que devem ser entregues nos estabelecimentos estão: agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Monte Belo do Sul: Cinco toneladas recolhidas em cinco horas 

Integrantes do Movimento de Cursilhos, grupo de voluntários da cidade de Monte Belo do Sul promoveram no final de novembro uma campanha de recolhimento de lixo eletrônico na cidade. Conforme Cecília Ceconi, tesoureira e secretária do Movimento, o projeto surgiu durante uma reunião da entidade, e o assunto meio ambiente foi colocado em pauta. “Nossa preocupação é que na cidade não existe um local para recolhimento de lixo e alguns são altamente contagiosos”, relata.

O grupo não esperava pelo recolhimento da grande quantidade de materiais. “No início achamos que não iríamos recolher nada, mas nos surpreendeu. Muitas pessoas contavam que estavam guardando os objetos em casa, por não saberem onde entregar”, conta.

O recolhimento aconteceu no pátio da Igreja, em pouco mais de cinco horas foram entregues mais de cinco toneladas de materiais eletrônicos. Entre os itens mais descartados estavam geladeiras, freezer, televisores, pilhas, aparelhos de celular, rádios antigos e computadores. “Alguns objetos, por serem bastante antigos, acabamos separando e guardando, para futuramente abrir um museu do eletrônico”, explica. O material recolhido foi entregue a uma empresa de reciclagem de Porto Alegre.

“Nossa intenção é realizar esse projeto anualmente, para evitar que esse tipo de material seja descartado de forma irregular no meio ambiente”, finaliza. A ação contou com o apoio da prefeitura, secretaria de Saúde, e CDL de Monte Belo do Sul.

Katiane Beal Cardoso 

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