Reconhecimento facial poderá ser usado para identificar crianças desaparecidas

Uma comitiva do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) vai a Porto Alegre (RS), nesta segunda-feira (26/10), conferir um método de reconhecimento facial que poderá ser usado na identificação e localização de crianças desaparecidas em todo o país. A demonstração do sistema ocorrerá no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) e Centro de Perícias.

"Não admitimos que mais nem uma criança desapareça neste país. Temos inúmeros pais aguardando que seus filhos sejam encontrados. Estamos olhando para essas famílias e trabalhando para que novas ferramentas possam solucionar esses casos absurdos de desaparecimento. Prestamos nossa solidariedade a essas famílias e reafirmamos: vocês não estão sozinhos! Nenhuma criança e nenhuma família ficarão para trás!", assegurou a ministra Damares Alves.

Além da titular do MMFDH, integram a comitiva o secretário nacional de proteção global, Alexandre Magno, o secretário nacional dos direitos da criança e do adolescente, Maurício Cunha, e a coordenadora-geral do Sistema Integrado de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, Vanessa Vilela Berbel, que irá representar a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH).

 


Imagem: Sebrae/Reprodução

 

"A Secretaria Nacional de Proteção Global tem a competência de coordenar a Política Nacional de busca de pessoas desaparecidas, instituída em março de 2019. No Rio Grande do Sul, vamos tratar de importantes parcerias e iniciativas com relação a busca de desaparecidos no estado, que serão replicadas para o país inteiro", antecipou o titular da SNPG.

O titular da SNDCA, Maurício Cunha, lembrou que o Rio Grande do Sul saiu na frente com uma lei estadual que permite a localização de crianças desaparecidas por reconhecimento facial.

"Essa é uma pauta importantíssima, prioritária para o governo. Temos centenas de casos a cada ano de crianças desaparecidas, muitas delas por questões inclusive de tráfico humano e exploração sexual. A gente espera que essa lei possa ser replicada para outros estados", disse.

Cunha também relatou que a comitiva visitará o Centro Integrado de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, localizado na capital. A unidade é considerada uma referência no país.

"A ideia do centro integrado é que a criança que sofreu algum tipo de violência tenha em um único ambiente todos os serviços disponibilizados para atendê-la e que ela não fique passando de serviço para o outro. É uma espécie de Casa da Mulher Brasileira, só que para a criança. Porto Alegre é um dos municípios que já tem uma experiência sobre isso, que também vamos conhecer com a finalidade de levarmos para outros estados e municípios", contou o secretário.