Reconstituição depende do decorrer da investigação

Os primeiros depoimentos das testemunhas foram ouvidos, pela Polícia Civil, ainda no dia do ocorrido. O delegado de plantão, Clóvis Vainer Rodrigues de Souza, foi quem iniciou o trabalho de investigação, juntamente com o Instituto Geral de Perícias (IGP). Segundo o delegado, titular da delegacia de Garibaldi, ainda é cedo para apontar culpados ou falar com certeza sobre o que realmente ocorreu. “É preciso aguardar o resultado dos laudos técnicos para ter mais subsídios sobre o caso e desenvolver uma investigação bem instrumentada e fundamentada”, comenta.

Ele lembrou que, durante os depoimentos, o condutor da Fiorino e o adolescente de 15 anos que também estava no carro não descartaram a possibilidade de ter uma arma no veículo, porém afirmam que não viram o revólver. Souza lembra que tanto os policiais quanto os jovens não possuem histórico de infrações. “Podemos avaliar que em um primeiro momento os policiais envolvidos na ocorrência possuem uma conduta exemplar dentro da BM e, da mesma forma, os jovens não possuem registros de ocorrências criminais”, conta.

O caso está agora sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves. O delegado responsável, Álvaro Pacheco Becker, diz que a investigação deverá seguir com base nos laudos técnicos que devem começar a serem entregues à polícia nesta sexta-feira, dia 21. “Nós seguimos fazendo oitivas até que cheguem os resultados periciais que nos darão base para a elucidação”, disse. De acordo com o delegado, seguem as buscas pelo dono da arma encontrada no veículo das vítimas. O revólver calibre 38 é o ponto principal da investigação da Polícia Civil. “Em um primeiro momento, os dados apontavam para uma pessoa de Novo Hamburgo, que não foi encontrada. Nós obtivemos registros da Polícia Federal que indicam um segundo nome do possível dono do revólver. Seguimos em busca do histórico da arma para ajudar a esclarecer o que houve”, conta Becker. 

Outro ponto importante, segundo o delegado, será o resultado dos exames residuográficos que pode apontar resquícios de pólvora na mão dos jovens. “Esse resultado é importante para dar sequência à investigação. Pedimos para o IGP ter máxima urgência em nos enviar os resultados, até porque dependendo deles iremos ou não pedir a reconstituição dos fatos”, afirma.  

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Reportagem: Jonathan Zanotto, Jorge Bronzato Jr. e Greice Scotton

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