Rede estadual busca integração com prefeituras

Trabalhar em parceria com as prefeituras e as comunidades para suprir as demandas, e colocar “a casa em ordem” para disponibilizar novas alternativas. É o que promete a nova gestão da 16ª Coordenadoria Regional de Educação (16ª CRE), que gerencia a rede estadual de ensino em 25 municípios da região, assumida no último mês pelo professor Leonir Rasador e a adjunta Margarete Tomasini. 

A abertura do ano letivo já vem com um diferencial: ao contrário do calendário tradicional, em que as aulas começam em meados de março, neste ano elas iniciarão em 26 de fevereiro, mesmo dia da rede municipal de ensino. “Queremos otimizar recursos do transporte escolar. Estamos tentando criar um calendário único com os municípios, incluindo os sábados letivos. É positivo para os dois lados”, explica o coordenador.

Para a largada do ano letivo, os coordenadores afirmam que as escolas estão, quase em sua totalidade, em boas condições para receber os estudantes. Além de problemas causados por fatores climáticos, eles citam a reconstrução do muro da Escola Bento Gonçalves da Silva, que ruiu em parte do trecho da rua Marechal Floriano. “Estamos ainda mapeando os casos e trabalhando neles conforme eles chegam, elencando as prioridades”, diz Margarete. 

Segundo ela, nas escolas de Bento não há questões de caráter emergencial, ao contrário de um caso em Carlos Barbosa. “Solicitamos a interdição da cozinha da Escola Carlos Barbosa para adequação com materiais anti-incêndio, além da instalação e acondicionamento do gás conforme as normas”, explica a adjunta. 

Mesmo ainda sem um levantamento formalizado, os itens do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) entram na lista das demandas recorrentes nas escolas estaduais, assim como a estruturação para acessibilidade. “Há uma grande demanda reprimida nas escolas, proveniente, por exemplo, dos recursos votados anualmente na Consulta Popular. Nosso papel é receber as solicitações das escolas, instruí-las, desburocratizar o processo e ficar ‘na cola’ da secretaria estadual de Educação”, afirma Rasador.    

Processos instituídos nos últimos anos, como o Ensino Politécnico, e metas do novo governo estadual, como as escolas de turno integral, ainda devem passar pelo crivo das comunidades da região para serem expandidos, conforme os professores. Outra novidade comentada por eles é o ingresso de crianças haitianas, pela primeira vez. “Já tínhamos adultos na Educação de Jovens Adultos (EJA) e a resposta foi positiva. Acreditamos que os pequenos devam se adaptar bem ao ensino regular”, comenta Margarete.

Para instrumentalizar os professores com novas tecnologias, a coordenadoria quer expandir e tornar itinerante o Núcleo Tecnológico de Educação (NTE). “As escolas recebem equipamentos de informática e lousas digitais, mas muitas vezes os educadores não sabem usá-los”, explica Margarete. Outra inovação tecnológica na rede estadual é o Sistema de Gerenciamento de Obras, que deve agilizar os processos de forma on-line.


Terrenos de escolas

Duas escolas estaduais de Bento passam por entraves e não podem receber investimentos do governo por não estarem instaladas em terrenos do Estado. Localizado em um terreno da Fervi, no bairro Universitário, o Colégio Dona Isabel está em processo de usucapião da área, pelo tempo de ocupação do educandário. Segundo a nova coordenação, o processo ainda está tramitando. “A escola não conta com recursos próprios para o cercamento, por exemplo, e acaba enfrentando situações de violência”, relata Margarete. 

A Escola Egídio Fabris passa por situação semelhante. O terreno em que está instalada, no bairro São Bento, é da prefeitura. De acordo com a 16ª CRE, a ligação da fossa séptica que a instituição precisa há meses está sendo concluída. 

As escolas Bento Gonçalves e Anselmo Luigi Piccoli também estão em terrenos da prefeitura, mas recebem recursos por terem prédios próprios. “Nesses casos queremos regularizar, pleitear as doações”, promete Rasador. 

Escolas desativadas pela baixa ou nenhuma procura há anos, localizadas, principalmente, no interior, como a Ipiranga, na linha Paulina, e José Mario Mônaco, na Alcântara Baixa, estão em cessão de uso de área para o município.


Números da 16ª CRE

77 escolas
25 municípios
22.637 alunos

Em Bento Gonçalves:
22 escolas
8.596 alunos

Contratação de professores

A secretaria estadual de Educação está com inscrições abertas para a contratação temporária de professores. Em todo o Estado e na área da 16ª CRE, há vagas para todas as disciplinas, mas a demanda para Bento Gonçalves é apenas para Educação Especial – Deficiência Auditiva. As inscrições devem ser feitas até 10 de fevereiro, pelo site www.educacao.rs.gov.br ou diretamente na 16ª CRE (rua Presidente Costa e Silva, 115, bairro Planalto).

Reportagem: Priscila Pilletti


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