Repelente ou protetor? Os dois!

Que o uso de filtro solar é obrigatório no verão, todo mundo sabe. Que nessa época os           insetos costumam ser um incômodo extra, também. Então, o que pode ser feito para minimizar as duas situações? Não há fórmula mágica. As medidas são individuais e conhecidas. Mas não basta apenas aplicar protetor solar e repelente. É preciso conferir as orientações de especialistas para garantir que eles tenham o resultado desejado. 

O dermatologista Breno Marzola, de Bento Gonçalves, explica que os produtos podem ser usados concomitantemente, mas é recomendado um intervalo mínimo de 15 minutos para que ambos façam efeito. “O fato de misturar as substâncias não causa alergia, mas se ambas forem aplicadas juntas podem não ser absorvidas corretamente pela pele”, explica. 

A orientação geral é utilizar antes o filtro solar, uma vez que é necessária uma maior quantidade e cuidado para espalhá-lo por todas as regiões, e depois o repelente.

A aplicação em bebês com menos de seis meses de idade não é recomendada. Para proteger os pequenos das picadas, opte por mosquiteiros e telas especiais ou, ainda, passe repelente em aerossol pelo ambiente e espere o tempo indicado na embalagem antes de permitir que criança volte a frequentar o espaço. Outra dica é que o produto pode ser passado nas roupas, não só infantis, mas também adultas. “Além disso, não se deve utilizá-lo em áreas sensíveis, como o rosto, e é preciso cautela em regiões que podem ter contato involuntário com elas, como as mãos”, alerta Marzola.

No caso do sol, a exposição de bebês é contraindicada até os seis meses de idade. “Nos maiores, pode-se usar produtos adequados para crianças, mas sempre com indicação médica para evitar efeitos colaterais, como a alergias”, detalha. Para os adultos, a dica é escolher uma versão que tenha Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 20. “Quanto mais clara for a pele, maior deve ser o FPS”, orienta.

Reaplicação

Repelente e protetor, em contato com água e suor, devem ser reaplicados. O repelente, em locais com muitos mosquitos, deve ser passado a cada 3 horas, especialmente nas versões em spray, que perdem o efeito com mais facilidade. Por isso, é preferível usar loções em creme, que duram mais sobre a pele. O protetor deve ser reaplicado a cada duas horas.

Polêmico DEET

Muitos repelentes de insetos contêm DEET, um produto que causou controvérsias no passado, mas cujo uso é seguro em pequenas doses (entre 10% e 25%). O DEET funciona ao confundir os detectores dos insetos e os impede de pousar e morder (ainda que eles possam continuar por perto). Crianças, especialmente as menores, devem evitar versões com mais de 10% de DEET. Mas, ao contrário do protetor solar, o repelente de insetos não deve ser reaplicado por número de vezes superior ao recomendado, especialmente se contiver DEET.

Orientações para bebês

Até 6 meses de idade: o ideal é usar somente protetor de barreira contra insetos, como mosquiteiros, telas e cortinados

De 6 meses a 2 anos: o uso do repelente é permitido, junto com a proteção de barreira. Deve-se passar o produto apenas nas costas e pernas, para que o pequeno não suje a mão com repelente e a leve à boca.

Acima de 2 anos: já se pode usar repelente no corpo todo.

Clínica dermatológica Dr. Breno Marzola

O dermatologista Breno Marzola atende na rua General Osório, 309, sala 904, no centro de Bento Gonçalves. Contato com o consultório pode ser feito através do telefone 3452 4723.

Reportagem: Greice Scotton

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