Retrospectiva 2011: Caso Paese

O ano de 2011 foi de escândalo e renúncia na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Após ser investigado e admitir a apresentação de atestados médicos falsos para justificar faltas, o vereador Harty Moisés Paese (PDT) abriu mão do cargo e foi detido no mesmo dia por posse de drogas. Mesmo tendo renunciado, ele ainda pode ter o mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por oito anos, em desdobramentos que ficaram para 2012.

A investigação teve início após o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Daneluz (PT), receber denúncias anônimas indicando que Paese teria apresentado atestados falsos para justificar faltas nas sessões plenárias dos dias 21, 22 e 28 de junho e 5 de julho de 2011. Helio A. Tanes, o suposto médico que assinava os documentos, de acordo com a Polícia Civil, não existe. A assinatura já havia sido flagrada em outros atestados falsos que chegaram ao conhecimento da polícia.

Até o episódio vir à tona, Paese justificava as faltas afirmando estar em tratamento para hepatite C. Na verdade, o vereador estaria tratando dependência química. Após semanas de especulações e investigações da Comissão de Ética Parlamentar da Câmara de Vereadores, Polícia Civil, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e PDT, em 28 de novembro Paese renunciou ao cargo de vereador. No mesmo dia, ele foi flagrado de posse de entorpecentes, encaminhado à delegacia e liberado após prestar depoimento. A vaga deixada no Legislativo foi ocupada por Pedro Incerti.

A Câmara votará na primeira sessão plenária de 2012, no dia 1º de fevereiro, o ofício de autoria da Mesa Diretora que denuncia Paese por quebra de decoro parlamentar quando exercia mandato. Caso seja aprovada a denúncia, uma Comissão Processante será formada para tratar da cassação do mandato de Paese.


Eduardo Kopp

 

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