Retrospectiva 2011: Samu em Bento

Neste ano entrou em funcionamento em Bento Gonçalves o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A unidade básica começou a operar em fevereiro e a unidade avançada em junho. Entretanto, desde que iniciou a operação, o sistema parece não agradar à população. As reclamações referentes ao serviço são frequentes. Um dos pontos mais polêmicos diz respeito ao tempo que o Samu leva para chegar até o paciente. O funcionamento do serviço segue as determinações do Ministério da Saúde e é igual em todo o país. “Os problemas verificados em Bento, não são exclusivos daqui. Outros municípios também enfrentaram as mesmas dificuldades no início do serviço”, salienta o coordenador médico do Samu, Rudinei Martins de Souza.

 

Ao ligar para o 192, quem atende a ligação é a central reguladora do Samu Metropolitano, em Porto Alegre. Antes de a unidade básica ou avançada do Samu ser acionada, os sintomas do paciente devem ser descritos para o médico regulador, que passa orientações por telefone ou determina o deslocamento de uma das ambulâncias. “É um protocolo nacional, seguido em todo país”, aponta. “Se funciona em todo o Brasil, não é em Bento que vai dar errado”, complementa.

Souza diz que ainda vai levar um tempo para que a população se acostume a chamar o Samu e entenda a diferença entre o 192 e o 193, número que aciona o serviço do Corpo de Bombeiros. “Há diferenças entre os dois serviços. Aos bombeiros competem casos de busca e salvamento ou onde há vítimas presas em ferragens”, exemplifica. “A vantagem do Samu é que, pelo fato de a unidade avançada funcionar como uma UTI móvel, pode ser dada a medição no local, o que não pode ser feito pelos bombeiros”, ressalta.

Para a enfermeira coordenadora do Samu, Marcela Dachery, o problema é que muitas ligações para o 192 não chegam até o Samu em Bento Gonçalves. “Muitos desligam o telefone antes de completar a ligação”, comenta. “É preciso ter paciência e ouvir a música de espera até o final”, complementa. Segundo ela, estes minutos a mais podem fazer a diferença. A possibilidade de fazer a regulação no município está descartada, já que há a exigência de que se tenha pelo menos 400 mil habitantes.

 

Carina Furlanetto

 

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