Réu é absolvido de acusação de homicídio

O julgamento de Paulo Mateus Lemes Batista, 39 anos, autor da facada que resultou na morte de Joel Locatelli, então com 27 anos, terminou com a absolvição do réu, nesta quinta-feira, 6. O crime aconteceu junto à residência da vítima, localizada na rua Lajeadense, bairro Municipal, no dia 6 de agosto de 2011, após uma suposta discussão. Batista estava sendo acusado de homicídio simples e foi absolvido após solicitação do próprio Ministério Público (MP), que acabou sendo acatada pelos jurados. O Júri foi composto por quatro mulheres e três homens e durou cerca de três horas.

A solicitação para absolvição do réu partiu do promotor Eduardo Só dos Santos Lumertz. Ele afirmou que não havia provas suficientes para condenação do réu, uma vez que não houve testemunhas presenciais do fato, para comprovar quem iniciou a discussão ou mesmo para negar ou afirmar que Batista agiu em legítima defesa. A denúncia e instrução criminal haviam sido produzidas pelo outro promotor que atuava na cidade, Sávio Vaz Fagundes. A defesa do réu foi realizada pelo defensor público Rafael Carrard.

O fato

Locatelli, Batista e outro rapaz trabalhavam juntos como pedreiros. A vítima era quem recebia o valor semanalmente do proprietário da obra e deveria repassá-lo aos demais colegas, o que não estaria fazendo, conforme afirmou o réu e a outra testemunha que trabalhava com eles. De acordo com Batista, entre o valor devido no atual trabalho que exerciam juntos e nos anteriores, Locatelli teria que pagar a ele cerca de R$ 8 mil.

No dia do assassinato, a vítima e o réu se encontraram em um bar no bairro e, segundo a versão de Batista, Locatelli o teria chamado de “vagabundo” e o empurrado, após ele pedir R$ 10 emprestados para pagar a cerveja consumida no local. Entretanto, a versão da discussão entre os dois no bar não foi confirmada por nenhuma outra testemunha.

Batista alegou que, ao passar em frente à casa de Locatelli, no dia do crime, foi atacado no meio da rua. Ele teria levado um soco e caído, rasgando a sacola onde estavam suas ferramentas. Ao perceber que a vítima se aproximava, Batista diz que levantou a mão com a faca, a fim de se defender, não vendo que parte do corpo do homem foi atingida. Ao perceber que ele sangrava, saiu correndo, informou à esposa que havia ferido Locatelli e fugiu para a casa do irmão, no bairro São Roque. Após ficar sabendo que a vítima havia morrido, viajou a Santa Catarina, onde ficou por uma semana, mas voltou para se apresentar na Delegacia de Polícia. A faca utilizada no crime foi jogada em uma lixeira, ainda no dia do ocorrido. 

 

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