Uma coincidência trágica de números: depois de dois veraneios sem casos de afogamento, nos dois primeiros meses do ano, dois casos já foram registrados no Rio das Antas. O mais recente ocorreu no último final de semana e vitimou Ademir Silva de Almeida, de 47 anos.
Ele desapareceu no Rio das Antas, na tarde de sexta-feira, dia 15, quando se banhava na companhia de amigos. As buscas levaram cerca de 40 horas e contaram com o apoio dos mergulhadores de Porto Alegre. O corpo foi encontrado na linha José Júlio, entre Bento e Cotiporã, a cerca de três quilômetros de onde ele havia sido visto pela última vez.
Em janeiro, Jaques Vinícius de Aquino, de 24 anos, pescava com amigos na localidade de São João quando o barco virou e ele caiu na água. O corpo do jovem foi localizado somente dois dias depois, no dia 27, nas proximidades do local onde havia desaparecido.
Cuidados
A orientação do Corpo de Bombeiros ao banhista é que evite entrar na água sozinho ou em locais desconhecidos e que não exagere no consumo de alimentos e bebidas alcoólicas antes do banho. Outras recomendações são os cuidados redobrados com as crianças e o uso de equipamentos adequados, nunca improvisados. Em caso de afogamento, somente pessoas habilitadas devem tentar resgatar a vítima, cabendo aos demais acionar o socorro especializado o mais breve possível. “Nunca se deve tentar segurar uma pessoa que está se afogando. O indicado é tentar acalmá-la antes da aproximação e oferecer um objeto para que ela possa se segurar e ajudá-la a sair da água ou a transportar a um local onde consiga ficar em pé”, orienta o capitão Sandro Carlos Gonçalves da Silva, comandante do Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves. Se a temperatura corporal da vítima estiver muito baixa, é aconselhável que a roupa molhada seja retirada. Outra dica importante é nunca provocar vômitos para que saia água dos pulmões, pois essa manobra pode gerar novas complicações.
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