Rio Grande do Sul é o 5º estado brasileiro que mais realiza doação de órgãos

Dos 1354 procedimentos feitos em 2021, o número saltou para 2240 em 2023

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O número total de transplantes de órgãos, tecidos e medula, registrados no Rio Grande do Sul teve um crescimento de 20% nos últimos três anos. Dos 1354 procedimentos feitos em 2021, o número saltou para 2240 em 2023. Esse e outros dados foram apresentados em balanço da Central Estadual de Transplantes, vinculada ao Departamento de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), na terça feira, 27/02. Na oportunidade, também foi anunciado que o RS ocupa o 5º lugar no ranking dos estados com maior número de doações no Brasil.

A secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa lembrou “do sentimento triste que tivemos no período da pandemia, com quedas muito significativas nos transplantes, então aumentar 20%, é algo significativo”. Ela valorizou o fato de que “certamente tem vidas por trás disso, famílias por trás disso que tem aí o seu ente querido”.

A diretora da Central Estadual de Regulação, da SES, Suelen Arduin informou que o RS registrou o maior número de notificações de mortes encefálicas desde 1996, totalizando 838 notificações e destes 285 se tornaram doadores efetivos. “Tivemos um aumento significativo nos transplantes realizados de rim e coração, respectivamente, aumento de 27% e 33% e estes resultados só foram obtidos em prol do ‘Todos pela Causa’ com os parceiros como instituições e entidades governamentais e não governamentais, Poder Judiciário, ONGs e também com a dedicação da equipe da Central de Transplantes do RS”.

Plano estadual

Durante o evento foi apresentado o Plano Estadual de Doação e Transplantes do RS, 2024-2027, trazendo todas as perspectivas e metas para este triênio. “Esse plano faz um alinhamento no processo dos transplantes do estado, concede uniformidade ao processo, onde todos os envolvidos podem trabalhar da mesa maneira com a mesma equidade e qualidade do serviço”, avalia James Cassiano, assessor técnico da CET. O objetivo é vencer o desafio de atender a demanda por transplantes e os dados ressaltam a necessidade contínua de preencher a lacuna entre a oferta e a demanda de órgãos no estado.