O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou na sexta-feira, 05/02, que editará um decreto para proibir as corridas de galgos no estado. A decisão foi tomada após reunião no Palácio Piratini, em Porto Alegre, com a secretária do Trabalho e Assistência Social, Regina Becker, juntamente com lideranças do Movimento Galgo Livre Brasil, Proyecto Galgo Argentina (PGA) e Trato Ético Animal (Aptehá Uruguay), além do Núcleo Bageense de Proteção aos Animais (NBPA) e Brigada Ambiental.
Entre as crueldades apontadas pelo movimento Galgo Livre Brasil, está o estupro de fêmeas, a injeção de drogas para alcançar melhor desempenho nas corridas e o abandono desses cães quando velhos, fracos e doentes.
“Um sonho que começou lá em 2018 e junto com PGA Argentina e Aptehá Uruguay estamos comprometidas com essa luta com todas as nossas forças para torná-la realidade. Com os dentes cerrados e o coração quase na mão, hoje dizemos que a contagem regressiva para o fim das corridas de galgos começou no Brasil”, comemorou o Galgo Livre Brasil.
E acrescentou: “O governador disse ainda que, simultaneamente, irá enviar em regime de urgência um projeto de lei com o mesmo conteúdo protocolado pelo deputado [Gabriel Souza] ainda em 2020. A proposta deve ser votada em março, garantindo proteção aos animais utilizados para competições.”
A Galgo Livre Brasil acredita que a proibição no Rio Grande do Sul aproxima o país de uma proibição nacional. Também está em tramitação na Câmara dos Deputados o PL 1441/2019, de autoria de Ricardo Izar (PP-SP), que visa banir a prática, apontando, entre as justificativas, múltiplos abusos físicos e psíquicos, o que vai contra o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9605/1995).
"O sofrimento e a crueldade dos animais usados por criadores innescrupulosos é visível, comprovado e registrado. Esse é um crescente clamor da sociedade pela proibição das corridas de cães galgos no Rio Grande do Sul e, por isso, seguimos em frente", declarou Regina Becker.
Informações: Vegazeta e Regina Becker Fortunatti