RSC-470: descaso do Estado, prejuízo do usuário

O reflexo do descaso do Estado com a RSC-470, rodovia que corta Bento Gonçalves, foi sentido na pele por Rodrigo Laikowski. Ou melhor: no bolso. Na noite do último domingo, dia 6, quando o analista de processos voltava da casa da namorada, no distrito de Tuiuty, passou por um buraco em um trecho da estrada e, além do susto, terminou o trajeto com um prejuízo de R$ 2 mil. O veículo teve duas rodas rachadas, balanceamento e geometria alterados, além de danos na lataria, piscas, pivô e balança.

O motorista trafegava à noite com seu Fiat Palio e, ao dar passagem para outro automóvel que o ultrapassava, sentiu o impacto e um forte estrondo. “Chegou a cair o GPS e o rádio do carro com a batida. A sorte foi que, na hora, eu não me apavorei, porque poderia ter acontecido algo pior. Parei um pouco mais à frente para ver o que tinha feito no carro e depois consegui chegar até em casa, mas o estrago foi grande”, conta o condutor, de 26 anos.

O incidente fez Laikowski decidir mudar, a partir de agora, o caminho que percorre pelo menos duas vezes por semana. Ele garante que não vai utilizar mais a estrada principal, optando por uma rota secundária, que passa pela localidade de São Valentim e também já é toda asfaltada. “Vou fazer um caminho um pouco mais longo nesse caso, mas assim evito mais prejuízos. Ali na rodovia ficou tudo meio abandonado, tapam buracos em um dia, mas a chuva abre de novo no outro”, conclui.

O que diz o Daer

De acordo com assessoria do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o diretor-geral do órgão, Carlos Eduardo Vieira, reuniu-se com os diretores das empresas CSL e Traçado para falar sobre os trabalhos do Contrato de Restauração e Manutenção das Rodovias da Região da Serra (Crema/Serra), que em Bento abrangem justamente o trecho que vai de São Valentim a Nova Prata, com pouco mais de 57 quilômetros de extensão. No encontro, Vieira pediu às vencedoras da licitação agilidade para fazer os ajustes necessários nos projetos executivos. Ficou acordado que técnicos do Daer se reunirão com os representantes de cada empresa para tratar dessas questões. As obras de restauração iniciarão assim que os projetos forem aprovados, ainda sem data prevista.


Problemas também nas ruas

Os problemas relacionados à falta de infraestrutura não ficam restritos a ruas e rodovias asfaltadas. Nesta semana, um leitor do SERRANOSSA enviou fotos do calçamento na rua Pedro Baptista Menegotto, bairro Fátima, como forma de protesto. Segundo ele, no começo da noite da última segunda-feira, dia 7, seu veículo, um Kia Besta, ficou avariado após passar pelo local, que apresenta dezenas de pedras soltas. O filtro de óleo foi danificado e ocasionou o derramamento do mesmo. Os prejuízos somaram mais de R$ 400. Essa mesma rua já foi tema de reportagem do SERRANOSSA, em fevereiro deste ano. O problema persiste há mais de um ano e meio, quando o calçamento foi retirado para realizar reparos na rede de esgoto. A obra é de responsabilidade da Corsan, porém uma empresa terceirizada foi contratada para realizar os reparos no calçamento. A reportagem entrou em contato com a Corsan, mas o responsável pelo assunto não foi localizado.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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