O trecho próximo ao entroncamento da RSC-470 com a RSC-453, conhecido como Trevo da Telasul, recebeu, nos últimos dias, um reforço na sinalização vertical. De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), 40 novas placas foram instaladas no local, tanto nos canteiros laterais quanto central.
A medida foi uma resposta ao protesto realizado naquela região no dia 20 de julho, quando manifestantes exigiram que as melhorias na sinalização fossem executadas em até 30 dias. No sentido Bento-Garibaldi, as mudanças já podem ser percebidas até 800 metros antes do entroncamento. Também foram renovadas as indicações de saída para estradas e cidades vizinhas, como a BR-116, em Caxias do Sul.
Ricardo Vieceli, morador de Garibaldi e um dos organizadores da mobilização do mês passado, destaca que a cobrança da comunidade regional não pode parar. “É interessante ver que alguma coisa já aconteceu, mas nós sabemos que muito mais pode ser feito. Ficamos contentes com as placas, mas na verdade ainda pode melhorar”, afirma. Outros pedidos encaminhados em ofício ao Daer, no dia 22 de julho, foram a colocação de tachões na pista e a implantação de uma lombada eletrônica no sentido Garibaldi-Bento, onde, em função da descida, os motoristas trafegam em velocidade mais elevada.
Segundo o Daer, outras áreas serão contempladas em breve com a instalação de placas. A seguinte, na próxima semana, deve ser o trevo de acesso ao Vale dos Vinhedos, onde a ERS-444 abre caminho para o roteiro turístico no distrito. As obras fazem parte de um contrato com a empresa Signasul. Não há, entretanto, nenhuma previsão de investimentos em sinalização horizontal e, tampouco, de um controlador eletrônico de velocidade.
Rotatória desagrada
O Trevo da Telasul é considerado um dos pontos mais críticos da RSC-470 na região. A promessa de duplicação também traria a implantação de um viaduto no trecho, mas o projeto que integrou a pauta de pelo menos dois últimos governos estaduais nunca avançou. Recentemente, lideranças regionais voltaram a cobrar medidas do Poder Executivo gaúcho, que sinalizou com a possibilidade de remodelação do trevo, por meio da instalação de uma rotatória. O anúncio não foi tão bem recebido pela comunidade local, que no mesmo protesto de julho manifestou contrariedade à proposta.
A RSC-470 passa por um momento de transição para BR: no início deste mês, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a transferência da rodovia para a malha federal. A conclusão da retomada da federalização – tida como esperança para que a estrada possa receber obras maiores – depende agora da realização de um levantamento patrimonial, que será elaborado de forma conjunta entre os dois governos e deve ser finalizado no início de 2014. “É algo que também temos que continuar cobrando, para que seja agilizado. E, depois, não é só federalizar e dizer que tudo está resolvido. Para a população, o nome de RSC ou BR não faz diferença. Nós queremos e precisamos de obras”, finaliza Vieceli.
Obras do Crema
Segundo o Daer, a instabilidade climática dos últimos dias não prejudicou a execução dos trabalhos do Contrato de Restauração e Manutenção das Rodovias da Região da Serra (Crema Serra). As duas empresas contratadas pelo governo gaúcho mantiveram as ações de limpeza às margens das quatro rodovias que integram o programa, incluindo a RSC-470, no trecho entre o trevo de São Valentim e Nova Prata. A 2ª Superintendência do Daer, que funciona em Bento Gonçalves, projeta iniciar a recuperação asfáltica na segunda quinzena de setembro.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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