Rua Coberta: mais uma licitação deserta

Aguardado desde 2011, quando foi apresentado pela primeira vez à comunidade bento-gonçalvense, o projeto de implantação da Rua Coberta na cidade terá, mais uma vez, que esperar uma nova etapa burocrática para começar a se tornar realidade. A primeira licitação para a construção do empreendimento, lançada pela prefeitura no final de julho e encerrada na semana passada, não teve nenhuma empresa interessada. Agora, o Poder Público projeta relançar o edital de concorrência pública até o final de setembro.

Com recursos federais de R$ 1,1 milhão assegurados junto ao Ministério do Turismo (Mtur), a estrutura será erguida na rua Rolando Gudde, atrás da Fundação Casa das Artes, no bairro Planalto, e terá uma extensão de 50 metros. “Vamos fazer uma segunda tentativa, que está dentro da questão legal, mas continuamos com a mesma ideia de prazos e não haverá alterações no projeto. Nossa expectativa é poder começar a obra ainda neste ano”, afirma o secretário de Turismo, Gilberto Durante.

A estratégia adotada pela prefeitura foi refazer o orçamento da proposta e dividir a utilização da verba em pelo menos duas partes. Para a segunda fase, ficariam reservados cerca de 45%, que poderiam ser aplicados na expansão da estrutura ou em melhorias internas. A Rua Coberta deverá ter três espaços fixos, além da possibilidade de instalação de um palco móvel. Um deles pode ser destinado para um café e os outros dois, para comércio. Mesmo com o recente entrave, o secretário garante que não há risco de perda da verba. “Como já lançamos a licitação, com certeza não teremos problema nesse sentido”, completa.

Somente neste ano, 14 procedimentos licitatórios abertos pela prefeitura não tiveram empresas interessadas. Recentemente, a própria administração municipal também apresentou dados indicando que mais de 70% das licitações abertas pelo Poder Executivo resultaram em vitória de empresas de fora de Bento Gonçalves. “Quando o mercado está aquecido na iniciativa privada, eles acabam tendo prioridade”, conclui o secretário.


Aeródromo

Outro projeto que prevê aplicação de recursos conquistados junto ao Mtur, nesse caso de R$ 2,3 milhões, é o asfaltamento da pista do aeródromo, que também depende de definições burocráticas para avançar. Apesar de aguardar autorização de departamentos como a Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), a proposta já teve licitação lançada e a definição da empresa Concresul para executar a obra. A prefeitura e o empresariado local investirão cerca de R$ 1,7 milhão adicionais no empreendimento.


Casa do Artesão

De acordo com o secretário Durante, o projeto de construção da Casa do Artesão, que será erguida nas proximidades da Estação Férrea, na esquina das ruas Silva Paes e Duque de Caxias, no Cidade Alta, está passando por ajustes e também deve ser licitado em breve. Serão investidos R$ 292,5 mil garantidos pelo Mtur por meio de uma emenda parlamentar, e contrapartida de R$ 32,5 mil da prefeitura. A intenção é abrigar no local os artesãos que hoje comercializam seus produtos na Via Del Vino, na Casa do Vinho.


A estrutura

– A Rua Coberta será implantada na rua Rolando Gudde, no bairro Planalto (nos fundos da Casa das Artes), e terá 50 metros de extensão – da esquina com a avenida Presidente Costa e Silva até o final do terreno da Fundação.

– A estrutura principal de sustentação será metálica, com revestimento em madeira e aço escovado.

– A cobertura será feita com telhas translúcidas.

– O piso será de basalto, com detalhes em basalto rústico.

– Na parte interna, serão criados pelo menos três módulos comerciais, que ainda não tiveram as atividades definidas. Os espaços terão revestimento em basalto rústico e madeira.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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