Rua Coberta: projeto arquitetônico é apresentado

O projeto arquitetônico para a construção de uma Rua Coberta em Bento Gonçalves foi apresentado oficialmente na sexta-feira, dia 2 de março. Com a proposta de ocupar também parte da praça Walter Galassi, no centro da cidade, juntamente com uma das vias da rua Marechal Floriano, o projeto foi renomeado e passa a se chamar Rua/Praça Coberta. No espaço da via que não será utilizado na obra, será invertido o sentido de tráfego, com retirada de estacionamentos, fazendo com que o motorista que desce a rua acesse diretamente a Marechal Deodoro.

O arquiteto responsável pelo projeto arquitetônico, André Menin, conduziu a apresentação comentando que o uso de cores e imagens reforça, com modernidade, uma das grandes vocações do município: a vitivinicultura. O objetivo é criar um espaço que seja exclusivamente de Bento Gonçalves, sem cópias ou adaptações de outros locais. Menin explica que houve a necessidade de usar parte da praça em função da rua ser muito estreita, o que não proporcionaria boa proteção contra intempéries. As árvores não serão derrubadas e o mobiliário existente, como bancos e luminárias, será reaproveitado em outras praças do município. Os canteiros de flores serão reposicionados, mantendo os atuais 200m².

Na próxima semana, o projeto será encaminhado para aprovação da Caixa Econômica Federal e conforme o andamento dos processos, as obras podem iniciar em junho ou novembro. A comunidade vai ser convidada a participar na escolha do nome do espaço.

A instalação de uma Rua Coberta em Bento Gonçalves será custeada com verba do Ministério do Turismo (Mtur), na ordem de R$ 1,2 milhão, com contrapartida do município de R$ 96 mil. Quando o Mtur abriu o cadastramento para Ruas Cobertas no país, entre as exigências constava a de ser numa área central e que fomentasse eventos e pequenas feiras. A escolha do local se deu por critérios técnicos. Outras seis ruas chegaram a ser analisadas (Cândido Costa, Marechal Deodoro, Barão do Rio Branco, Júlio de Castilhos, Félix da Cunha e avenida Planalto), mas foram descartadas por não atenderem todas as exigências necessárias.

Detalhes do projeto:

– Serão 1.310m² de área coberta com uma extensão de cerca de 90 metros;

– A obra terá estrutura metálica, com cobertura de vidro laminado e piso de basalto. O controle da incidência solar será feito por brises de chapa de aço com pintura epóxi;

– A altura da cobertura varia de acordo com a altura da copa das árvores. Com isso são criados vãos para circulação do ar;

– A estrutura não será totalmente fechada, pois faria com que o interior se tornasse uma espécie de estufa. A cobertura lateral estará presente apenas no lado que ficará próximo à rua. Haverá vãos a cada 12 metros, onde estarão as estruturas metálicas e que possibilitam a circulação do ar;

– As estruturas de sustentação são inclinadas para fazer menção ao crescimento da videira. A armação também será utilizada na captação da água da chuva. Junto a essas estruturas serão colocadas videiras em tamanho natural, mas sem frutos para não causar sujeira;

– No espaço haverá palco fixo e uma área de cerca de 200m² para o público, além das áreas de circulação. Será proposto um pequeno comércio composto por cafeteria, revisteria, loja de produtos locais, gelateria e florista. Para esses espaços será lançado edital de chamamento público. Os valores arrecadados com as concessões serão empregados exclusivamente para manutenção da Rua/Praça Coberta. O palco deverá ter cerca de um metro de altura e nos dias em que não houver apresentações será ocupado com mesas e cadeiras para a população. O acesso para deficientes físicos se dará por uma rampa lateral;

– O arquiteto optou por trabalhar com duas gamas de cores: verde e violeta. A cor estará presente apenas na parte interna da estrutura. Ou seja, quem vê de fora o espaço enxergará apenas a cor branca. As cores serão usadas em forma de dégradé, iniciando com branco nas duas entradas;

– Os desenhos verdes são formados pela silhueta de um produtor de uva, e os violetas, pela silhueta de uma taça e garrafa de vinho. A sombra projetada pelos desenhos remete a sombra projetada naturalmente no interior dos parreirais;

– Os bancos atuais serão substituídos por bancos individuais de basalto e madeira. Eles serão colocados ao redor do pinheiro que existe atualmente na praça e também ao longo da estrutura. Há a intenção de convidar artistas locais para trabalharem as pedras de basalto que vão compor os bancos;

– Duas faixas de segurança farão o acesso da população, próximo às esquinas com a Saldanha Marinho e com a General Osório;

– Na esquina com a Saldanha Marinho haverá espaço reservado para emergências – como acesso de bombeiros. Na esquina com a General Osório, haverá um espaço para carga e descarga de material para as exposições realizadas no espaço. A carga e descarga dos comércios que ficam ao longo da praça já é feita pela parte de trás dos estabelecimentos.

Carina Furlanetto 

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