O calor intenso registrado no mês de agosto antecipou e acelerou a brotação das parreiras. Se o clima permanecer assim, a expectativa é de que por volta do dia 10 de dezembro já sejam colhidas as primeiras variedades. “O calor deve antecipar a colheita em até 20 dias”, estima o engenheiro agrônomo da Emater de Bento Gonçalves, Gilberto Luiz Salvador. Em condições normais, a colheita iniciaria nos primeiros dias de janeiro.
Nesta fase de brotação, comenta Salvador, o calor é importante. “Em dias nublados a planta não faz fotossíntese, o que contribui para a proliferação de doenças. Além disso, a presença de sol é importante para que o produtor possa fazer os tratamentos preventivos”, acrescenta. Algumas variedades já estão florescendo. “Este é um momento crítico, pois a planta utiliza o máximo de sua energia e precisa de bastante sol e calor”, complementa. A fase seguinte é quando ocorre o aumento dos frutos.
O engenheiro agrônomo explica que ainda é cedo para fazer projeções acerca da qualidade e do volume da próxima safra. “O que não pode acontecer é chover muito durante a colheita”, observa.
Até o momento, não foram registradas perdas significativas na produção. Apenas alguns produtores dos distritos do Vale dos Vinhedos e de São Pedro tiveram prejuízos com a geada e o frio fora de época no final de setembro, quando a temperatura mínima registrada em Bento foi de 0,9°C, o que causou geada em alguns pontos mais baixos do município. Quando faz frio na fase de brotação, segundo a Emater, a planta estabiliza o crescimento. No caso das videiras onde houve prejuízo, isso não significa que não possa acontecer uma nova brotação.
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