Safra do pêssego foi antecipada
O tempo seco e quente antecipou a safra de pêssego em Bento Gonçalves e Pinto Bandeira. Os cerca de 400 produtores precisaram começar antes a colheita e comemoram a qualidade e a quantidade computadas neste ano. O engenheiro agrônomo da Emater, Gilberto Luiz Salvador, confirma os bons resultados e anuncia que o volume colhido chegou a 14 toneladas por hectare, índice superior aos oito hectares registrados em 2012.
A cidade só produz pêssego de mesa, para consumo in natura. As últimas frutas, da variedade da polpa amarela, estão encerrando a colheita. Essas servem tanto para o consumo natural como para a produção de conservas. Conforme o engenheiro agrônomo, a maior parte da produção da cidade é destinada para a região sudeste do país, como os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
“O maior problema enfrentado pelo produtor da região é a falta de mão de obra, pois a colheita da fruta, assim como a da uva, não pode ser mecanizada e também precisa ser imediata. Grande parte das pessoas vem de fora para ajudar e isso encarece a produção, o que faz com que muitos produtores cheguem a pagar R$ 90 por dia para cada ajudante”, diz Salvador. De acordo com ele, o normal é que a colheita comece após o dia 15 de novembro, porém, no ano passado ela foi antecipada ainda para o final de outubro.
O produtor Vanderlei Trivelin se diz plenamente satisfeito com a safra deste ano. Ele reside no distrito de São Pedro e confirma que a colheita iniciou antes da época esperada. Na sua propriedade, o amadurecimento das frutas começou ainda no final de outubro e foi até janeiro. “Durante a produção ocorreu um pouco de seca, mas irrigamos as plantas. A qualidade e o preço estão ótimos”, afirma.
Frutas contaminadas
Em pesquisa feita no início deste mês, amostras de pêssegos coletadas no Rio Grande do Sul apontaram índices de agrotóxicos acima do permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério da Saúde garantiu que eles não apresentam riscos para a saúde do consumidor. Segundo Salvador, não foram registrados casos em Bento. Para ele, o problema foi causado pelo uso de produtos que estão fora de circulação e que ainda encontravam-se estocados em muitas propriedades.
Reportagem: Elisa Rossi Kemmer
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.