Safra do pinhão será menor na Serra Gaúcha devido às condições climáticas 

O pinhão começou a ser comercializado no dia 15/04 na região da Serra Gaúcha, conforme portaria do Ibama que libera o início da colheita. Entretanto, de acordo a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Adelaide Juvena Kegler Ramos, a safra prevista para este ano será menor do que a do ano passado – que também já apresentou quebra.


 

Conforme levantamento realizado na região pela Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a redução varia de 20% a 60% com relação à safra passada, dependendo do município e região. Isso representa menos receita para as famílias que têm no pinhão um complemento de renda ou para aquelas que tiram o seu sustento da atividade. Além disso, a compra ficará mais cara para o consumidor, que poderá encontrar o produto por R$ 6,00 o quilo na venda direta, podendo chegar a R$ 18,00 nos mercados. “Neste ano, em função da COVID-19, se implantou uma nova modalidade que é a comercialização em feiras on-line, como uma forma de proteger as pessoas e evitar a propagação do vírus”, ressalta Adelaide.

Ainda segundo a Emater, as causas dessa redução estão ligadas às condições climáticas desfavoráveis, especialmente ao clima seco no período de desenvolvimento do pinhão. Apesar disso, a extensionista afirma que as pinhas e os pinhões estão apresentando boa qualidade e sanidade.

Sobre a colheita

A safra do pinhão concentra-se no período que vai de abril a junho, porém, devido à maturação das pinhas se dar em épocas diferentes, é possível encontrar pinhão ainda em agosto e, por vezes, meados de setembro, proveniente de variedades mais tardias. A colheita é feita de forma manual, através da coleta das sementes diretamente no solo, ou pela derrubada das pinhas com auxílio de utensílios. “É importante frisar que na colheita do pinhão deve ser observada a plena maturação das pinhas, para que o pinheiro cumpra sua reprodução e seu papel no equilíbrio do ecossistema da Floresta com Araucária e também para que o consumo de pinhão verde não prejudique a saúde do consumidor”, afirma a extensionista.

Foto: Reprodução/Embrapa