Saiba o que está por trás da automutilação
Por
Renata Rigon Cimadon – CRP 07/16650
Alciane Rigo Farina – CRP 07/17569
Um problema silencioso que tem despertado a atenção de especialistas e familiares, a automutilação praticada por adolescentes atinge cerca de 20% deles, sendo mais comum entre os jovens, mas também atingindo os adultos.
Para as pessoas que se automutilam, essa atitude é uma válvula de escape das dores emocionais que as acomete, deslocando o sofrimento emocional para um sofrimento físico. Traçando linhas no seu corpo sentem como se ajudassem a aliviar o aperto no peito e a angústia que sofrem, é como se a dor física aliviasse a “dor na alma”.
A automutilação é o ato em que o sujeito intencionalmente agride o próprio corpo sem a intenção direta de suicídio. É importante estar ciente que a automutilação não tem como objetivo chamar a atenção, mas pode ser usada como um escape para aliviar a dor e a tensão, devendo ser encarada como um pedido de ajuda.
Os motivos que podem levar a autolesão são vários: desentendimentos com familiares, brigas entre cônjuges, problemas nas relações interpessoais ou escolares, entre outros, podendo variar de pessoa para pessoa, indiferente da idade, classe social ou religião.
Geralmente está relacionado a outros problemas psicológicos, como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e transtornos alimentares.
A automutilação está adquirindo características de problema de saúde pública. O tratamento normalmente envolve psicoterapia e o apoio familiar é essencial, fazendo toda a diferença.