Paradas há mais de um ano, as obras da Escola Municipal de Ensino Fundamental do bairro São Roque, em construção na rua Arlindo Franklin Barbosa, serão retomadas ainda em 2013, segundo a secretaria municipal de Educação (Smed). O objetivo é que a estrutura já possa ser utilizada pela comunidade no próximo ano letivo, que inicia entre fevereiro e março de 2014.
Nesta semana, a Câmara de Vereadores aprovou a utilização de pouco mais de R$ 612 mil do Fundo Municipal de Desenvolvimento Integrado (FMDI) para a conclusão do empreendimento. Quando estiver em pleno funcionamento, o educandário terá condições de atender a mais de 600 crianças e adolescentes nos turnos da manhã e tarde.
Os trabalhos iniciaram ainda em 2011, mas, em outubro do ano passado foram suspensos em função da crise financeira que atingiu os cofres municipais. Ainda conforme a Smed, já houve contato informal com a empresa vencedora da licitação, que manifestou interesse em retomar as atividades. A obra está 60% concluída.
Prioridade de 2009
A instalação da nova escola na região do São Roque foi eleita como prioridade no Orçamento Participativo (OP), modelo de definição de investimentos utilizado pelo governo anterior. Ainda naquele ano, em dezembro, os moradores do bairro conheceram o projeto, apresentado em reunião realizada no salão comunitário.
As obras, de fato, iniciariam quase dois anos depois, com a previsão de investimentos de R$ 2 milhões. A construção terá três pavimentos, com 16 salas de aula e espaços como cozinha e refeitório, biblioteca, hall de leitura, auditório, laboratórios de ciências e informática, hall de exposições e quadra aberta, em uma área de quase 2,5 mil metros quadrados e com total acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Desde fevereiro, o local tem a presença diuturna de vigilante e pelo menos três cães, pois era frequentado por usuários de drogas. Materiais estão espalhados no interior e também nos arredores do prédio. Por todos os lados, o mato alto toma conta do terreno.
Lacuna preenchida
A nova instituição de ensino deverá atender, principalmente, à demanda originada com a instalação do residencial Novo Futuro, no bairro Ouro Verde. A maioria das famílias que se mudou para o local ainda tem as crianças estudando nas escolas de origem, com transporte pago pelo município. A Smed também comprou, neste ano, 61 vagas particulares no Colégio Cenecista e projeta atender, ainda, ao excedente da Escola Maria Borges Frota, no Zatt.
Aos poucos, todos serão transferidos para o novo espaço. “Provavelmente, nestes casos, tenhamos um calendário um pouco diferenciado, porque eles começarão o ano letivo nas escolas em que estão e, em seguida, faremos essa migração. Mas, com certeza, ninguém será prejudicado, ficando sem estudar”, explica a secretária Iraci Luchese Vasques.
Nos próximos dias, a Smed começará a organizar o futuro funcionamento da escola em construção. Uma das ações será o chamamento de classificados nos últimos concursos públicos para o setor da educação, incluindo professores e funcionários. A secretaria também deverá trabalhar com regime suplementar, em que docentes já contratados para 20 horas semanais podem ter sua carga horária ampliada. “Também teremos que pensar, talvez já para o próximo ano, na realização de um novo concurso”, conclui Iraci.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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