Segunda onda na região é marcada por maior ocorrência em jovens, afirma médico

Em todo o mundo, desde que a segunda onda da COVID-19 teve início em países europeus, por exemplo, está se constatando a maior ocorrência de infecções em jovens. Em Bento Gonçalves e região, o cenário se repete. De acordo com o coordenador Médico da secretaria municipal de Saúde, Marco Antônio Ebert, o motivo está ligado ao descumprimento do isolamento por parte dos jovens. “No meio do ano o isolamento foi geral. Agora, jovens estão indo a festas e eles vão se contaminar mais e passar aos familiares”, analisa. 

Já em Garibaldi, a secretaria de Saúde Diane Pascoaletto, reforça os dados que levantaram o sinal de alerta: em novembro houve recorde de atendimentos, chegando a 107 pacientes diários com 55 coletas de exames. “O público mais atingido está na faixa etária de 20 a 49 anos e a dificuldade está em fazer as pessoas cumprirem o isolamento evitando a propagação do vírus na comunidade” destaca a secretária de Saúde, Diane Pascoaletto. “Tivemos uma falsa sensação de normalidade no mês de setembro, quando os casos começaram a dar uma diminuída. Em outubro começou a elevar de novo e, no mês de novembro, tivemos esse pico que está adentrando em dezembro”, complementa. Na semana passada, o município teve o maior pico de casos positivos, com 236 confirmações. 

Questionado sobre a segunda onda em Bento, o coordenador médico afirma não ser possível fazer previsões em relação à intensidade ou duração do período. “Diversos fatores, a maioria incomensuráveis, afetam esta análise. A primeira onda confirmou que previsões são difíceis e imprecisas”, afirma. 

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A situação atual, na avaliação do médico, é mais branda em relação ao número de internações, mas se assemelha na disponibilidade de leitos de UTI a nível estadual. “Atualmente, a quantidade de leitos totais do estado diminuiu e estamos tendo certa dificuldade com os mesmos. Contudo, na nossa UPA, possuímos capacidade para suprir a demanda de cuidados intensivos temporariamente, logo não há impacto imediato sobre a assistência dos pacientes graves”, afirma. 

Apesar da afirmação do médico, os dados mostram que os últimos dias em Bento foram marcados pelo salto do número de casos confirmados e pacientes internados. Atualmente, são 16 pacientes internados em UTI e 20 em leitos clínicos. 

“Devemos manter o isolamento quando possível. Manter cuidados de higiene. Seguir fazendo o que se pode com as condições que cada um dispõe. Não tem como  parar de trabalhar, mas quem pode evitar situações de maior risco infectológico, acaba ajudando quem não pode”, aconselha Ebert. 

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