Segurança no Trabalho em tempos de pandemia


 

Assim como tantos outros profissionais, o Técnico em Segurança do Trabalho precisou se reinventar neste momento de pandemia, em que muitos setores passaram por relevantes mudanças, o que alterou o cotidiano das pessoas e as formas de trabalho nas empresas do mundo todo. O home office, a flexibilização de horários e o ensino a distância são práticas que passaram a ser amplamente utilizadas. Ao mesmo tempo, setores ligados à saúde, incluindo a Segurança do Trabalho, vêm sendo protagonistas no combate e na prevenção da doença causada pelo coronavírus. 

Com a pandemia da Covid-19, os profissionais de área de Segurança do Trabalho ganharam um protagonismo maior, concentrando seus esforços não só em prevenir acidentes e doenças do trabalho, mas em identificar os riscos de contaminação no ambiente, em realizar o levantamento de materiais e equipamentos de segurança necessários em cada setor e elaborar planos de ação para evitar o contágio do coronavírus nas empresas. 

Mais do que nunca, a prevenção se faz necessária e urgente. Além dos riscos já existentes no ambiente de trabalho, também temos que lidar com o impacto da Covid-19. É preciso estabelecer procedimentos de segurança para evitar que o trabalhador seja acometido pela doença. Para definir as ações de controle e diminuição dos riscos de transmissão da Covid-19, se faz necessário conhecer toda a legislação pertinente. 

Para cumprir seu papel corretamente e de acordo com a nova realidade, o Técnico em Segurança do Trabalho precisa acompanhar em tempo real o cenário epidemiológico local e global. Nas ações de conter no que se refere à Covid-19, os boletins de atualização dos funcionários acometidos pela doença ou em suspeitos são ferramentas importantes para nortear as decisões do SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, no qual o Técnico em Segurança do Trabalho está inserido. 

As autoridades competentes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) têm exigido das empresas a adoção de diversas medidas específicas para o combate à doença. Estratégias em segurança do trabalho precisaram ser colocadas em prática com mais rigor, por exemplo: cartilha de orientação dos procedimentos adotados pela empresa em questão; análise do grupo de risco; aferição regular de temperatura corporal; obrigatoriedade de uso de máscara de proteção; disponibilização de álcool em gel 70%; revezamento ou ainda remanejamento de funcionários, se possível; antecipação da vacinação de H1N1; higienização dos equipamentos e ferramentas de uso comum; desinfecção regular dos ambientes de trabalho nas áreas internas e externas; distanciamento entre pessoas ou instalação de barreiras físicas; número máximo de pessoas em cada ambiente; controle de acesso; realização periódica de exames; adoção de protocolos de afastamento e acompanhamento em caso de pessoas sintomáticas ou com contaminação confirmada, entre outras. 

A conscientização deve ser diária e estimulada nos treinamentos, que devem ser registrados com assinatura de todos os treinados, gerando assim evidência para futuras fiscalizações e até possíveis demandas trabalhistas. 

Tanto empresas como trabalhadores precisam aprender a conviver com essa nova realidade. O novo formato de se relacionar, de vender os seus produtos e serviços, de executar as suas atividades, o lazer em família, o estudo e todas as formas anteriormente chamadas de “normais” não vão mais existir, precisamos nos adaptar a essa nova realidade. Precisamos nos reinventar.