A ponte se foi na enchente de setembro de 2023 a e balsa foi levada pelo Rio Taquari no começo de maio
A travessia do Rio Taquari, entre Santa Tereza e São Valentim do Sul, pela ERS-431, era realizada pela Ponte de Santa Bárbara, essa levada pelas águas em 04 de setembro de 2023. Uma balsa iniciou a operação de travessia em janeiro, contudo, também foi levada pelo rio, mas na enchente do início de maio de 2024. Sem opções, os cidadãos que desejam se locomover pela região, com destino a Bento Gonçalves, por exemplo, precisam encontrar caminhos alternativos – e muito mais longos.
Sobre o retorno da balsa, o governo estadual pensa em alternativas. Segundo o secretário de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, a empresa Lacel Estaleiros alegou não ter condições de disponibilizar uma nova balsa de 400 metros no momento. Uma rescisão de contrato exigiria uma nova licitação, e isto levaria tempo. Contudo, outras empresas teriam demonstrado receio em operar na região, visto o alto risco, especialmente após a balsa anterior ter sido levada pelas águas.
Uma das possibilidades atuais é a operação de uma balsa provisória, menor, que permitiria a travessia com um número reduzido de veículos. Aos poucos, a Lacel traria outras partes da estrutura para soldar no local e aumentar, possivelmente, de 200 para 400 metros. A previsão inicial é de que essa solução esteja disponível entre 30 e 60 dias, mas ainda não há confirmação oficial.
E a nova ponte?
Além do retorno da balsa, a construção da nova ponte de Santa Bárbara, na ERS-431, levada pelas águas a mais de nove meses, ainda não saiu do papel. O Estado está conduzindo a licitação para o projeto, com um novo edital lançado no último dia 02 de maio.
Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a abertura das propostas oferecidas pelas empresas interessadas está programada para o dia 02 de julho, conforme determina a Lei de Licitações. A partir dessa data, inicia-se o processo de análise das propostas e a verificação dos documentos apresentados pelos concorrentes.
A obra deverá custar R$ 31,3 milhões, sendo R$ 24,4 milhões do governo federal e R$ 6,9 milhões de contrapartida do Estado. A nova ponte terá 320 metros, 51 metros a mais do que a estrutura anterior. Além disso, a largura e a capacidade de carga também serão maiores.
O deputado Guilherme Pasin (Progressistas) publicou vídeo nas redes sociais criticando a demora no seguimento do processo para construção da estrutura. “A emergência detectada, ela se esvaiu. O tempo por si só, não resolve as coisas, pelo contrário, a falta de ação cria problemas gigantescos.” Pasin também criticou a não inclusão da obra na lista de prioridades de pontes e estradas a serem reconstruídas, divulgada pelo governo do Estado nos últimos dias.