Sem previsão para aumentar videomonitoramento

A instalação de 30 novas câmeras para o sistema de videomonitoramento urbano de Bento Gonçalves segue indefinida por falta de recursos. Todo o processo licitatório já foi realizado, ainda em setembro de 2014, com a escolha da a empresa que será responsável pela instalação. Porém, ainda não há previsão para que os equipamentos entrem em funcionamento.

Segundo o diretor da Coordenadoria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Ctec), Roberto Carraro, além de não haver prazos, sequer há áreas estipuladas para que novos equipamentos sejam colocados. “Os locais serão definidos em conjunto com a Brigada Militar (BM), levando-se em conta os pontos mais vulneráveis”, explica. A coordenadoria é responsável pela instalação e manutenção das câmeras.

De acordo com o secretário municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, não há, atualmente, verba para executar a nova etapa do projeto. “Estamos trabalhando para buscar esses recursos, não só através da prefeitura, mas também por meio da associação dos municípios para a compra de alguns materiais para toda a região, o que faria com que os custos ficassem menores. Ou ainda através da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, para chegarmos até o governo federal e, assim, conseguirmos esse dinheiro”, destaca Moro.

Cada uma das novas filmadoras custa R$ 13,5 mil. Porém, a instalação do equipamento somada aos investimentos com o poste e o cabeamento de fibra óptica necessários para o funcionamento elevam o custo a um total de R$ 22 mil.

Ferramenta

O controle e o monitoramento das imagens são de responsabilidade da Brigada Militar (BM). Conforme o comandante do 1º Pelotão do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), tenente Clovis Lavarda Couto, hoje, são 29 câmeras instaladas em diversos pontos da cidade. “Temos cobertura quase que total da área central e também os principais acessos da cidade, Pipa Pórtico, acesso norte, via Tamandaré, no bairro Vila Nova, acesso pela ERS-444 e na entrada de alguns bairros como o Santa Helena, Santa Marta, Borgo e Progresso”, elenca.

Segundo Lavarda, seis filmadoras estão fora de operação. “O problema já foi repassado à prefeitura, que está trabalhando para restabelecer o funcionamento dos equipamentos”, garante.O tenente destaca que, além de colaborar com a prevenção de crimes, as câmeras ajudam a agilizar o atendimento de ocorrências. “Quando nosso operador, através das imagens, acompanha o desenrolar da ocorrência, sabe que tipo de situação a guarnição pode enfrentar. Pelas imagens, é possível observar a movimentação dos indivíduos”, explica.

Mais capacidade

Lavarda ressalta ainda que a Brigada Militar (BM) está melhorando o ambiente de trabalho dos servidores da Sala de Operação, o que resultará em um aumento da capacidade de monitoramento por parte da polícia. “Hoje estamos saturados, utilizando o máximo de capacidade, temos dois pontos para monitoramento que podem trabalhar com câmeras exclusivas ou com várias câmeras ao mesmo tempo, mas a intenção é de, pelo menos, dobrar essa capacidade”, adianta.

As pessoas que queiram ter acesso às imagens das câmeras de videomonitoramento precisam solicitar ao Poder Judiciário. “Muita gente pede essas imagens para solucionar, principalmente, acidentes de trânsito”, aponta Lavarda. O tenente explica que as gravações são disponibilizadas à Polícia Civil (PC) para esclarecimentos de crimes ou para uso nas investigações. Vale ressaltar que as imagens só são fornecidas, tanto para PC quanto para a população, mediante autorização da Justiça.

Reportagem: Jonathan Zanotto

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