Seminário sobre suicídio na infância e adolescência tem inscrições abertas
O Rio Grande do Sul é o estado com maior índice de suicídios no país. Conforme os últimos dados fechados, em 2020, o Estado apresentou uma média de quase quatro dessas ocorrências por dia
Estão abertas, até 03/10, as inscrições para o seminário de Promoção da Vida e Prevenção do Comportamento Suicida na Infância e Adolescência, que será realizado no Salão Nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, no dia 05 de outubro, das 13h às 17h. As inscrições podem ser realizadas pelo link https://forms.gle/FMZnXDrbLrw9UCjt5.
O evento é promovido pelo Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, presidido pela secretaria da Saúde e formado pelas secretarias da Educação, Segurança Pública, Justiça e Sistema Penal e Socioeducativo, entre outras entidades governamentais e não governamentais e conta com apoio da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A programação inclui temas como prevenção da violência autoprovocada em instituições de ensino e as interfaces no trabalho de prevenção do comportamento suicida em crianças e adolescentes.
As vagas são limitadas. Para a entrada no evento, os participantes devem apresentar comprovante de vacinação e usar máscaras. A UFCSPA fica localizada na Rua Sarmento Leite, 245, Porto Alegre/RS.
Cenário epidemiológico
O Rio Grande do Sul é o estado com maior índice de suicídios no país. Conforme os últimos dados fechados, em 2020, o Estado apresentou uma média de quase quatro dessas ocorrências por dia. O cenário epidemiológico mostra uma frequência maior de óbitos na população masculina, chegando a 80% com 1132 casos. Suicídios femininos foram na ordem de 20%, com 287 casos. Por faixa-etária, o maior índice é entre 70 a 79 anos e em maiores de 80 anos, com uma taxa de 21,5 do número de habitantes.
Lesões autoprovocadas
Em 2020, a cada dia ainda foi notificada uma média de mais de 22 casos de lesões autoprovocadas, que englobam situações de tentativas de suicídios e autolesões, entre outras formas. Esta frequência, no entanto, teve uma redução de 12.251 registros em 2019, para 8.058, em 2020, sendo 68% entre meninas de 15 a 19 anos. Do total destes casos, 46,2% já haviam ocorrido anteriormente.