“Ser bombeira é uma decisão de vida”, afirma soldado de Bento

Comemorado neste 2 de julho, o Dia do Bombeiro Brasileiro busca homenagear os profissionais que arriscam as vidas diariamente

Arquivo pessoal

A profissão de bombeiro pode ser considerada uma das mais arriscadas e perigosas. Porém, a cada ação de salvamento ou de controle de incêndios, a tarefa se mostra necessária. Não é difícil encontrar crianças e jovens que sonham em um dia integrar o Corpo de Bombeiros e realizar o bem para a comunidade. Neste sábado, 02/07, comemora-se o Dia do Bombeiro Brasileiro. A data é uma forma de celebrar e homenagear os profissionais que salvam, arriscam suas vidas e inspiram muitas outras.

Uma dessas bravas profissionais é a soldado Bruna Toillier, que, há cerca de três anos, exerce a função. “Descobri a beleza da profissão depois de adulta, estudando para concurso público e o afeto pela labuta diária em ser bombeira nasceu e criou raiz durante o curso de formação principalmente”, destaca. Segundo ela, o dia a dia na corporação e os atendimentos diários provocam aprendizados e exigem uma grande responsabilidade dos profissionais, afinal, em muitos casos, eles estarão lidando com pessoas em momento de extremo sofrimento. “Cada pessoa auxiliada semeia a recompensa aqui dentro”, diz.

Ser bombeiro é também estar sempre alerta, pois, a qualquer momento, uma pessoa pode precisar de socorro. Por menor que seja a ocorrência, os bombeiros precisam dar atenção e fazer o melhor possível. Segundo Bruna, a comunidade conta com o profissionalismo de cada um da corporação. “A sociedade espera que tu esteja sempre pronto, e tu deve estar. Pronto para uma ocorrência, pronto para receber alguma criança no quartel, pronto para agir rapidamente ao presenciar uma situação na tua folga, pronto para mostrar que o Corpo de Bombeiros é formado, sobretudo, de bons corações”, afirma.

Ao falar sobre a possibilidade de inspirar outras meninas e mulheres a seguirem na profissão, Bruna destaca que, atualmente, 12 meninas estão participando do processo de formação no projeto “Bombeiro Mirim”, o que representa metade da turma. Para a soldado, as possíveis futuras bombeiras não deixam barato para nenhum dos meninos. “Eu sou suspeita a falar porque meu orgulho por elas é imenso, mas com coragem, bravura e conhecimento qualquer coisa é possível para essas meninas, só basta elas quererem”, afirma.

Mesmo com a evolução dos tempos, algumas profissões, como a de bombeiro, ainda são marcadas pela masculinidade. De acordo com pesquisa realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, em 2020, o Estado contava com 236 profissionais mulheres, sendo 8,6% do total (2.720). Para Bruna, não importa o gênero da pessoa na profissão, mas sim a entrega e comprometimento. Ser bombeira é ter condicionamento, estabilidade emocional, força física e moral. “Os sentimentos despertados se baseiam nisso, focar em ser a melhor profissional que tenho condições”, conclui.