Será que aprendemos a ser melhores?

Há pelo menos duas semanas todos nós estamos experimentando situações e vivências novas. Todos nós unidos, senão trabalhando em prol dela, aguardando uma solução para o que há por vir depois dessa quarentena. Uns acreditam que o colapso da economia será muito maior que o colapso do novo inimigo invisível que está por aí. Outros ainda defendem que a vida deve ser preservada e devemos pagar qualquer preço. Afinal, como diz uma figurinha que circula por aí: falido recupera; falecido não. 

Pois bem, esse receio que se vive em situações diversas, nunca antes vistas nessa proporção, pelo menos de alarde, é natural, afinal, Confúcio, há muito já disse: “Só os profundamente sábios e os ignorantes não se alteram”…

Eu, particularmente, estou longe de ser sábio. Estou mais para Sócrates (Só sei que nada sei). Porém, felizmente – e isso eu agradeço muito aos meus pares e as pessoas que vivem e viveram ao meu redor -, estou longe de ser ignorante.
Por conta disso, por certo, muito se vem conjecturando sobre como está; como vai ficar; se é melhor voltar ou continuar parado; será possível um lockdown vertical? Será que vai funcionar? Vídeos, conversas, entrevistas, grupos de entidades, colegas, etc., em aplicativos foram palco para essas análises. Não temos, até agora, respostas concretas a isso. Espero que possamos tê-las e que o Criador traga a serenidade necessária “aos que decidem” para que tomem a decisão correta.  Ou a menos dolorosa, pelo menos…

Tenho, contudo, uma certeza: todos sairemos diferentes desse período. E no auge da minha socraticidade, ouso dizer que todos sairemos melhores.

Viu-se, na nossa região, empresas encabeçando vaquinhas, projetos de arrecadação, mutirões para a ampliação ou instalação de equipamentos nos hospitais. Viu-se, ao mesmo tempo, empresas como o Subway e o Bob’s, dentre outras (lembro-me dessas duas) distribuindo alimentos para quem estava abrigado em ginásios para proteção do frio ou para as equipes que trabalhavam voluntariosamente ou não, incansavelmente nos hospitais, seja cuidando de doentes, seja trabalhando nas obras. Viu-se vizinhos que sequer se cumprimentavam nos elevadores ou que nunca haviam se falado, agora, uns oferecendo ajuda para os outros, deixando bilhetes em elevadores ou nos canais de comunicação internas, para buscar mantimentos, evitando que os mais velhos, mais suscetíveis ao mal, ou aqueles que fazem parte dos grupos de risco, saíssem de casa. Ora, se só essa for a consequência positiva, a empatia, já sairemos vencedores dessa situação, pois melhores que antes. E tenho certeza que todos aprendemos a ser melhores por conta dessa nova vida. Até a próxima!

 

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