Serra permanece em bandeira laranja

Pela segunda semana consecutiva, a região de Caxias do Sul (Serra Gaúcha) foi classificada em bandeira laranja no modelo do Distanciamento Controlado do estado. Na 38ª semana, o mapa preliminar anunciado nesta sexta-feira, 22/01, apontou mais três regiões na mesma classificação. Na semana passada havia apenas a Serra em bandeira laranja. 

Conforme o estado, o mapa reflete a alteração de indicadores monitorados pelo sistema estadual de enfrentamento à pandemia, com leve queda de internações e óbitos por Covid-19.

Ainda assim, a grande maioria das regiões segue em bandeira vermelha, ou seja, com risco alto para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no Estado. As 17 regiões em vermelho somam 78,4% da população gaúcha, enquanto no mapa anterior eram 86% dos habitantes nas 19 regiões.

Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no número de pessoas confirmadas com Covid em leitos clínicos (-9%) e estabilidade nos internados em UTI. Foi registrada, ainda, estabilidade no número de casos ativos e, no acumulado desta semana, considerável redução dos óbitos (-19%).

Na 38ª rodada do Distanciamento Controlado, também ocorreu redução no número total de leitos de UTI ocupados. Na semana 36 eram 2.025, na 37 ficou em 2.040 e, na atual, 2.006 – considerando pacientes Covid-19 e demais causas.

Além disso, a quantidade total de leitos de UTI aumentou nas últimas três semanas, passando de 2.630 na 36ª, para 2.640 na 37ª e, na atual semana de avaliação, o Estado conta com 2.660 leitos.

Contabilizando o aumento do total de leitos e a estabilidade dos confirmados com Covid-19 em UTI, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 se elevou para 0,77. Era 0,71 (semana 37) e 0,70 (semana 36).

Mesmo com o início do plano de vacinação, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforça que a pandemia não acabou, e o mapa preliminar continua refletindo a gravidade da situação do Rio Grande do Sul.

“A vacina chegou, mas a quantidade ainda é pequena diante da população que deverá ser vacinada. Portanto, mais uma vez, salientamos a importância do cuidado individual, com o próximo, do uso dos equipamentos de proteção, especialmente a máscara, de lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e ter cuidados básicos. O mapa de hoje revela justamente que a maioria das regiões está em risco alto. Toda a população deve continuar em estado de alerta porque o vírus segue circulando”, afirma Arita.

Na segunda-feira (18/1), o governo do Estado recebeu do Ministério da Saúde um lote de 341,8 mil unidades da Coronavac, vacina fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o Sinovac. Inicialmente, foram distribuídas 170,8 mil doses, aproximadamente a metade do recebido. A outra parcela ficou armazenada para a aplicação da segunda dose da vacina, já que o governo federal não estipulou previsão de outra remessa de vacinas.

Neste momento, o público a ser vacinado são profissionais de saúde da linha de frente em hospitais, da área da atenção básica e rede de urgência e emergência, pessoas acima de 60 anos que vivem em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) e populações indígenas aldeadas.