Servidores da Fase e da Susepe recebem capacitação sobre população trans
O evento é uma das demandas decorrentes dos servidores trans que fazem parte do quadro funcional ou que poderão ingressar nas instituições, que recentemente realizaram concurso público
Servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) iniciaram, na manhã desta terça-feira, 19/07, uma capacitação sobre a pauta transgênero. A Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), por meio da Escola do Serviço Penitenciário (ESP), promoveu o evento para atendimento de demandas decorrentes dos servidores trans que fazem parte do quadro funcional ou que poderão ingressar nas instituições, que recentemente realizaram concurso público. O evento, com duração de 16h, ocorreu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Alegre.
“Num país em que o preconceito é muito forte, constatamos pouca presença de homens inscritos nesta capacitação, demonstrando o grande desafio que ainda temos dentro do sistema penal e socioeducativo. Precisamos efetivamente fazer o enfrentamento do preconceito, para que possamos dar a garantia de direitos humanos para todas as pessoas”, alertou o titular da pasta da SJSPS, Mauro Hauschild, na abertura do evento.
O secretário destacou ainda a importância da integração entre as forças de segurança, a OAB e universidades, para a abertura de diálogo sobre esse tema. “Com baixo índice de empregabilidade, mais de 90% da população trans ainda vive da prostituição. E, mesmo ocupando posições estratégicas no ambiente profissional, ainda assim sofre exclusão e tem que lutar por ter respeito dos colegas de trabalho no dia a dia”, acrescentou Hauschild.
A capacitação é fruto de um grupo de trabalho formado por servidores do Departamento de Políticas Penitenciárias da SJSPS, do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, da ESP e da Divisão de Recursos Humanos do Departamento Administrativo da Susepe, que atuam em propostas de capacitação continuada no tema de grupos vulneráveis e sistema prisional.
Com 12 palestras na programação, o curso foi ministrado por profissionais de diferentes instituições que têm competência nas diversas temáticas que envolvem a empregabilidade de pessoas trans.