Servidores penitenciários aprovam ‘estado de greve’ e ameaçam parar no fim do mês
Entre as reivindicações da classe está a troca do atual superintendente da Susepe e a reposição da inflação
Os servidores penitenciários decidiram por unanimidade decretar ‘estado de greve’, após Assembleia Geral Extraordinária da categoria realizada na terça-feira, 11/01. Na ocasião, a Associação dos Agentes, Monitores e Auxiliares Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs) entregou as exigências aprovadas pelos servidores com prazo para Governo do RS atender até o fim do mês. De acordo com o Sindicato, se o Governo não ceder, uma greve será desencadeada no fim de janeiro.
Estavam presentes no Plenário Otávio Rocha da Câmara de Vereadores de Porto Alegre mais de 800 servidores penitenciários que, na parte da tarde, promoveram dois atos, no Centro Administrativo (CAFF) e em frente ao Palácio Piratini, respectivamente. No CAFF, por volta das 14h30, a Amapergs Sindicato entregou ao secretário da SJSPS, Mauro Hauschild, e ao superintendente da SUSEPE, José Giovani Rodrigues, o que foi deliberado em Assembleia. A categoria foi recebida na porta do CAFF diante da tropa de choque da Brigada Militar. Após, o mesmo documento foi entregue na Casa Civil, no Palácio Piratini.
“Entregamos nossa pauta. O Governo Eduardo Leite precisa ter essa sensibilidade. O sistema prisional, os servidores, estão no limite e a greve é iminente. O Governo precisa ceder para que o pior não ocorra”, salientou o presidente da Amapergs Sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos. A entidade representa mais de sete mil servidores penitenciários que atuam em 150 casas prisionais em todo o RS.
As reivindicações
1. Substituição do atual superintendente da SUSEPE, José Giovani Rodrigues.
2. Publicação das promoções dos servidores penitenciários até o fim do mês.
3. Responsabilização da SUSEPE e SJSPS por descumprimento do decreto que obriga a publicação das promoções.
4. Manutenção da carga horário de trabalho sem qualquer alteração.
5. Reposição da inflação igual ao que for concedido às demais forças da segurança pública do Estado como BM e PC.
6. Agilização na regulamentação da Polícia Penal, que transforma servidores penitenciários em policiais penais, equiparando-os às demais polícias.