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Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

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Por que devemos nos preocupar com este tema? Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde em 2014, cerca de 800 mil pessoas no mundo tiram a própria vida a cada ano que passa. Além disso, o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens com idade entre 15 e 29 anos.

No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens na mesma faixa etária, segundo dados do Ministério da Saúde de 2015. Os dados mostram que, apesar de ser um ato individual, o suicídio é uma questão social, um problema de saúde pública. 

Precisamos falar sobre suicídio, precisamos escutar estes sofrimentos e acolher as pessoas que sofrem. Sabemos que em muitos casos, o suicídio pode ser evitado. Desta forma, campanhas como o Setembro Amarelo têm dado difusão ao debate, agindo na prevenção a este tipo de morte. 

É importante observar que o cuidado com a saúde mental e a prevenção deve acontecer ao longo do ano, não apenas no Setembro Amarelo. Para além das campanhas de prevenção no mês de setembro, é necessário ampliar o acesso às políticas públicas de saúde mental, aumentando a rede que presta serviços, com capacitações aos trabalhadores da saúde e campanhas permanentes de prevenção. 

Outro ponto muito importante é a necessidade de reconhecer e validar os pedidos de ajuda sem julgar, menosprezar, opinar ou dar sermão. Frases como: “pense positivo”, são vazias de sentido neste momento. Quando uma pessoa fala sobre o assunto, não se deve ignorar o que está sendo dito e sim acolher e incentivar a pessoa a procurar ajuda profissional. 

Conforme o Conselho Federal de Psicologia (CFP), muitas ações de prevenção acabam sendo inadequadas por desconsiderarem que o suicídio possui vários fatores causadores, sendo necessária uma abordagem interdisciplinar/transdiciplinar para dar conta da questão. Ou seja, não é apenas com bons conselhos que se enfrenta o problema.

É bom lembrar também que falar sobre o tema não aumenta a probabilidade de ocorrência. Pelo contrário: quando o tema é debatido na sociedade, não só pela mídia, mas no trabalho, na escola, na     universidade, estamos divulgando informações para a prevenção, oferecendo recursos para quem tem a ideação buscar ajuda.

Para finalizar, é importante destacar onde buscar ajuda. As Unidades Básicas de Saúde, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o SAMU (192), os hospitais, e muitas clínicas especializadas estão aptos a atender estes pacientes e não deixar que o pior ocorra. 

Na UCS, em Bento, existe o Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA), que oferece atendimento clínico psicológico (para diversas demandas, não apenas o suicídio), com atendimento de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 22h. Os encaminhamentos são feitos pelas Unidades Básicas de Saúde de Bento Gonçalves, mas também são atendidas pessoas que fazem uma busca espontânea. Mais informações sobre o serviço podem ser prestadas pelo telefone (54) 3449 5214. 

Outra ação importante no campo da prevenção é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que também presta um serviço de acolhimento para pessoas em sofrimento, fornecendo apoio emocional. Para entrar em contato é necessário ligar para o número 188. A ligação é gratuita e sigilosa.

Lembre-se: sempre há uma boa saída!
 

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