Signor rebate críticas e fala de substituições
Convocado à Câmara de Vereadores para falar sobre os cortes e podas de árvores que estão sendo realizados na cidade, o secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, garantiu, no início desta semana, que as intervenções mais radicais têm sido feitas em exemplares que apresentam risco de ocasionar acidentes pelo estado comprometido das plantas. Durante sua explanação no Legislativo, várias pessoas apresentaram cartazes de protesto aos trabalhos da secretaria, como a recente remoção de dois jacarandás – substituídos por acácias-mimosas – em frente à igreja Cristo Rei.
Ao ser questionado sobre a elaboração de laudo para justificar a retirada das árvores, Signor afirmou que há necessidade, em casos mais urgentes, até de “passar por cima da burocracia”. “Nós sabemos muito bem que muitas prefeituras estão sendo condenadas a pagar por vidas e danos. Eu prefiro receber as críticas, mas manter essa filosofia de trabalho, mesmo que às vezes tenha que dispensar o parecer técnico, porque pode ser tarde. Quando se trata de vidas humanas, é preciso ter uma resposta rápida. Eu não pretendo ir a velório”, argumenta o secretário. Mesmo assim, ele alegou que, antes das decisões, os casos passam pela avaliação dos técnicos da pasta e que novas ações semelhantes devem ser feitas em outros pontos da cidade. “Tínhamos pedidos represados há quatro anos. Há centenas, ou milhares, de árvores que foram mal podadas e estão com problemas sérios, necrosadas. E temos árvores frondosas em calçadas estreitas”, acrescenta. No caso das praças, como já noticiado pelo SERRANOSSA ainda em setembro, quase 100 árvores devem sofrer alguma medida já a partir dos próximos dias, e pelo menos 20 delas serão substituídas.
Em outro momento, indagado a respeito da retirada de um coqueiro no Centro, que foi realizada de madrugada, Signor ressaltou que a escolha do horário teria sido para não causar prejuízo à mobilidade urbana e que a árvore foi replantada na própria secretaria. “Não estamos fazendo nada na calada da noite ou ‘por baixo dos panos’”, finaliza. O secretário destacou ainda que a falta de equipamentos apropriados, como um caminhão com o braço mecânico para a realização de podas, tem dificultado os trabalhos. O veículo utilizado é o do departamento de iluminação pública.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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