Desde janeiro deste ano, a CCS Serviços, empresa terceirizada contratada pela prefeitura de Bento Gonçalves, tem se envolvido em polêmicas relacionadas ao pagamento de seus funcionários. Inicialmente, os atrasos eram referentes a férias, vale-transporte e vale-alimentação, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores no Asseio e Conservação (SINDILIMP). Neste mês de abril, entretanto, mais de 700 colaboradores da empresa ainda não receberam seus salários integrais referentes ao mês de março – incluindo auxílio-alimentação e vale-transporte. Os valores deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil.
Desta forma, para garantir o pagamento dos colaboradores, o SINDILIMP entrou com uma Ação Coletiva na Justiça do Trabalho de Bento Gonçalves. “O município já foi citado e já efetuou o depósito, agora a empresa tem até 48 horas para se manifestar. O prazo inicia na segunda-feira (13/04). Estamos aguardando”, afirma o presidente do SINDILIMP, Henrique Silva.
De acordo com a prefeitura, o pagamento foi efetuado ainda na terça-feira, 07/04, via judicial. "O depósito não pode ser realizado diretamente para a empresa terceirizada, pois ela não apresentou as vias de comprovação do depósito do FGTS e INSS dos trabalhadores", afirma a nota.
Agora, a juíza do Trabalho Substituta da 1ª Vara do Trabalho, Laura Balbuena Valente Gabriel, aguardará um retorno da CCS para, então, decidir como será efetuado o pagamento dos direitos pendentes.
Segundo o presidente do sindicato, o objetivo da medida judicial é garantir todos os direitos dos trabalhadores e responsabilizar tanto a empresa CCS Serviços quanto a prefeitura. Ele lembra que um procedimento semelhante precisou ser adotado no mês de janeiro deste ano, quando 430 trabalhadores não haviam recebido o pagamento das férias pela mesma empresa. Na ocasião, a ação resultou na quitação dos valores devidos, mas a multa de dobra das férias ainda não foi paga pela CCS.
De acordo com o secretário muncipal de Administração, Ivan Toniazzi, a prefeitura mantém os pagamentos em dia. "Estamos com os pagamentos em dia, mas a empresa não está cumprindo com as obrigações contratuais, e os funcionários não recebem o salário. Juntamente com a procuradoria, buscamos uma solução para que os funcionários não fossem prejudicados e a realização do pagamento para o sindicato foi a forma encontrada. Agora aguardamos a liberação da Justiça", disse.
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