Para defender os interesses dos trabalhadores da indústria e comércio local, representantes dos sindicatos de trabalhadores da intersindical de Bento Gonçalves devem se reunir na segunda quinzena de junho. No último encontro, ocorrido em 28 de maio, as lideranças avaliaram os processos de Convenções Coletivas dos diferentes cargos dos setores público e privado.
Ainda em fevereiro, os trabalhadores nas indústrias do mobiliário, garantiram reajuste com 2% de ganho real, antecipação de 2% em agosto, correção nos pisos salariais da categoria, entre outros benefícios. Segundo o presidente Itajiba Soares Lopes, o Sitracom segue as negociações com os demais setores da base (Marceneiros/Olarias/Construção Civil).
Os empregados no comércio, com data-base em primeiro de março, relataram dificuldades na negociação, visto que o sindicato patronal propõe reajuste e condições inferiores ao pedido dos trabalhadores e distantes dos números apresentados em reuniões posteriores, comprovados por estudos do Dieese, e de informações amplamente divulgadas nos meios de comunicação pelas entidades patronais do comércio (Fecomércio / FCDL, Sindilojas e CDL local). Ainda em junho, o sindicato promove um encontro em Bento Gonçalves, a fim de orientar e mobilizar a categoria comerciária sobre a necessidade dos reajustes salariais, as dificuldades enfrentadas e a tomada de posição do sindicato e dos trabalhadores.
A diretora do 12º núcleo do Cpergs/Sindicato, Juçara Borges, informou que o sindicato está em pleno processo eleitoral, com três chapas inscritas. Na avaliação dela, o processo eleitoral realizado na região está fortalecendo o sindicato.
O vice-presidente do Stialm-BG, Mauro Toniolli, enfatizou que o sindicato completou a negociação do setor de massas, que tem data-base em março, com sucesso esperado, pois obtiveram 2% de aumento real e os pisos receberam reajuste acima dos 12%. Neste mês de junho, inicia a negociação com o setor do vinho.
Os metalúrgicos, com data-base em maio, estão em negociação salarial em Bento Gonçalves e região. O presidente do Stimmme, José Élvio Atzler de Lima, é também presidente da Federação dos Metalúrgicos da Força Sindical no Rio Grande do Sul, e eles vivenciam um processo com maior diversidade, o que não torna mais fácil a negociação, como afirmou Nelson Menegotto, diretor administrativo do Sindicato.
Por parte dos servidores públicos municipais, a presidente Isaura Bolesina Zandonai fez um relato da ação dos Sindiserp, que conta com uma consultoria para orientar sobre o mecanismo de salários e benefícios da administração municipal, regido por Estatuto. Porém, diferente do que ocorre no setor privado, o sindicato ressaltou que no setor público municipal não há um piso salarial e que algumas categorias têm seu salário base inferior ao salário mínimo nacional, complementados por outros arranjos legais, ao longo do tempo da carreira. Informou também que há falta de profissionais em muitos setores, inclusive que há uma “fuga” de alguns servidores para o setor privado devido à baixa remuneração no serviço público e as possibilidades atuais no mercado privado.
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