Sinos voltarão a tocar com mais força e precisão

Notado ao longo deste mês, o silêncio da torre do Santuário de Santo Antônio deve cessar em breve. Segundo o padre Izidoro Bigolin, responsável pela paróquia, até a metade da próxima semana os sinos devem voltar a badalar no Centro, agora ainda com mais precisão e alcance, já que o controle automatizado dos toques está sendo substituído por um mais moderno.

A reforma no campanário também inclui o conserto do relógio, cujos ponteiros estavam parados devido a um defeito no equipamento. A revitalização já deveria estar concluída, mas, segundo Bigolin, o atraso se deu em função da dificuldade de se encontrar uma empresa para fornecer um novo vidro para o relógio. “Vamos melhorar o sistema que tínhamos, que já estava bastante defasado”, explica o padre. 

Outra novidade será a instalação de quatro cornetas que reproduzirão, externamente, a Ave Maria pelo sistema de som da igreja. Bigolin não confirmou, entretanto, se a oração seguirá a chamada “Hora do Ângelus” – que seria tradicionalmente às 6h, às 12h e às 18h – ou se terá outros horários.


Os sinos

O pesquisador Ademir Bacca relembra que os quatro sinos instalados no santuário foram importados da Itália ao custo de 10 mil réis, “uma fortuna para a época”, em 1886. Os recursos foram angariados junto à comunidade de imigrantes. Foi somente mais de quatro décadas depois, contudo, com a construção da torre, que eles começaram a tocar. “Eles foram adquiridos da empresa Cobalchini, a mais famosa fabricante de sinos da Europa, localizada na cidade de Bassano del Grappa, na região do Vêneto. Mas só badalaram pela primeira vez em 2 de abril 1933. Ou seja, ficaram 47 anos em silêncio, guardados nos porões da igreja”, relata. Os sinos pesam 1.000, 800, 500 e 300 quilos.


Bispo em Bento

O bispo Dom Alessandro Ruffinoni, da Diocese de Caxias do Sul, está desde o início desta semana cumprindo agenda de visitas às paróquias da Região Pastoral de Bento Gonçalves. Acompanhado do padre Izidoro Bigolin, ele atendeu a imprensa na quarta-feira, 20, e falou sobre os desafios que a Igreja Católica tem, a partir de agora, principalmente para atrair mais jovens. “Acabou o tempo de esperar que as pessoas venham à igreja. Nós temos que ir ao encontro delas e, no caso da juventude, talvez seja o nosso grande desafio. Estamos devendo aos jovens uma acolhida melhor e temos que pensar em como faremos para chegar até eles”, afirma Ruffinoni.

Outro assunto abordado pelo bispo foi a questão da imigração, principalmente de haitianos, senegaleses e ganeses, a que a Serra Gaúcha foi submetida nos últimos anos. Nesse quesito, Ruffinoni ressaltou que a primeira abordagem junto aos novos moradores da região deve ser de auxílio e respeito às novas culturas. “Em primeiro lugar, temos que fazer um trabalho humanitário, de recebê-los bem. Mas é normal que o pessoal daqui reaja, porque é algo novo que estamos vivenciando”, conclui o bispo.


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