Um dos momentos mais aguardados do Corso Alegórico da Festa Nacional da Uva é a passagem da Rainha e Princesas pela rua Sinimbu. Para a edição de 2012, as arquitetas Mônica Debarba Frizon e Vivian Schiavenin terão o prazer de dizer que o carro alegórico das Soberanas foi criação delas. O projeto foi o vencedor entre os oito inscritos no Concurso Carro da Rainha. Além da criação, elas também receberão R$ 7 mil como prêmio. Promovido pela Diretoria de Desfiles, o concurso também destaca com uma Menção Honrosa o trabalho de Ranulfo dos Santos.
“Ficamos muito felizes com a escolha do nosso trabalho. Esperamos que elas se identifiquem com o carro, pois são as estrelas da nossa festa. Pensamos em um carro que destacasse o papel delas e que a comunidade pudesse identificar os elementos, tema da festa”, revela Mônica.
As arquitetas trabalham juntas a cerca de dois anos, atuando em várias áreas como obras civis, arquitetura de interiores e restauro. Esta não é a primeira vez que ganham concursos, no ano passado foram premiadas como Melhor Ambiente na categoria Espaço das Artes e Melhor Ambiente segundo voto do visitante na Mostra Casa & Cia Serra. Além disso, na Festa da Uva de 2004, Vivian e outra colega venceram com dois projetos o concurso dos Carros Alegóricos daquela edição.
O conceito do carro
Toda evolução e transformação têm de permanecer na lembrança e se perpetuar como em um filme que se concretiza e que se comemora. É a certeza de permanecer vivo, partilhar, compartilhar o que foi realizado. A partir deste conceito, a proposta do carro da Rainha e Princesas é contar a trajetória das festas desde o início, em 1931, passando pela grande transformação da televisão brasileira, com a primeira transmissão a cores do desfile da Festa da Uva em 1972, até chegar aos dias atuais. A parte posterior do carro representa o passado, as nossas origens.
A taipa é a lembrança do trabalho dos imigrantes que moldaram a terra e utilizaram as pedras como seus primeiros abrigos, enquanto semeavam os primeiros grãos. Entre elas nasce a videira e seu fruto, que brota da terra, representa o símbolo máximo desta festa. Para perpetuar as lembranças, o filme inicia na parte de trás do carro com o movimento da claquete. As primeiras imagens em preto e branco remetem ao passado, as primeiras festas, as primeiras rainhas. A sequência de imagens nos traz a trajetória dos 80 anos de festas que a partir de 1972 ganharam a magia das cores.
Nesta evolução, a Rainha, grande estrela da nossa maior festa, reina sobre o filme enquanto as Princesas aparecem em pedestais formados por faixas coloridas, lembranças dos monitores de televisão que são os responsáveis pelas imagens que assistimos diariamente em nossas telas.
O colorido nos lembra às variedades de uvas da nossa região e seu cultivo está relacionado com o processo da imigração italiana. A uva aparece aqui em tons de dourado, representando a nobreza, o ouro e fartura. Enfim para alegrar a nossa festa, o brinde com o vinho, a bebida da vida, da celebração. Ele é à base da nossa economia que hoje alcança novos mercados no mundo todo.
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