A soberania local do Farrapos pode chegar à expressiva marca de 50 jogos neste sábado, dia 23, contra o Charrua, no estádio da Montanha, pela terceira rodada do returno do Campeonato Gaúcho. O time não perde em jogos oficiais para rivais do mesmo Estado há quase seis anos, período em que tornou-se o primeiro pentacampeão gaúcho.
A última derrota foi no longínquo 5 de setembro de 2009, diante do San Diego, por 24 a 7. De lá para cá, o clube emendou 49 vitórias seguidas contra times gaúchos, 48 pelo Estadual e uma pela Copa do Brasil.
O 50º triunfo, contudo, passa pelo rival que tem se mostrado o mais resistente desde então. Pioneiro do rugby no Rio Grande do Sul, o Charrua esteve próximo de frear o Farrapos em pelo menos quatro oportunidades desde 2010, quando deixou escapar a vitória por no máximo cinco pontos. Nunca, entretanto, o fim da sequência vitoriosa esteve tão ameaçada como neste ano, em duelo entre as equipes pela terceira rodada do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Em Porto Alegre, descontado por pelo menos 16 desfalques, o Farrapos levou a melhor pelo placar mínimo: 22 a 21.
Para o presidente do clube de Bento, Luis Francisco Flores, aquela sofrida vitória, além das dificuldades impostas também pelo Serra – vitória por 20 a 14 –, reforçam o panorama cada vez mais exigente à equipe na competição. “Os times todos estão evoluindo, e é natural que alguns estejam crescendo mais rápido que a gente, porque o Farrapos já está em outro nível. A gente vê, por exemplo, as equipes que participaram da Taça Tupi – segunda divisão nacional – no ano passado, em especial o Serra que chegou na final, terem agregado bastante experiência. Temos total consciência e humildade que está cada vez mais difícil manter essa invencibilidade e é por isso que a gente corre atrás, treina e se dedica, por sabermos que a concorrênca está evoluindo”, conta o presidente, ressaltando que o grupo foi despertado de qualquer consequente relaxamento provocado pela soberania local especialmente após os confrontos recentes contra o Charrua e Serra. “Acho que sim, em algum ponto da história causou relaxamento, mas eu garanto que depois dos dois jogos deste ano contra o Charrua e Serra não tem mais relaxamento nenhum. Além disso, você não quer ser um jogador do Farrapos escalado entre os 15 que perderam uma partida aqui no Estado”, salienta.
A meta do clube é alcançar o primeiro lugar do returno e, dessa forma, chegar ao hexacampeonato de forma antecipada, sem a necessidade de final, já que venceu também o primeiro turno. Além dos riscos impostos pelo jogo único na final, a direção quer evitar uma maratona ainda maior de jogos a partir de junho. “Uma derrota agora, contra o Charrua, significa que a gente dificilmente chegará ao primeiro lugar do returno e, dessa forma, precisaríamos passar por uma final. O Super 8 deste ano será extremamente mais exigente do que o do ano passado. Na fase classificatória serão 14 jogos contra nove em 2014. Além disso, a partir da primeira rodada, serão nove finais de semana consecutivos de partidas e, se a gente tiver que fazer uma final, aumenta para 10, com a carga emocional de uma decisão de Campeonato Gaúcho. Também por isso todo mundo está muito ciente da importância de continuar vencendo no Estadual”, frisa o presidente.
Para o duelo contra o bicampeão Charrua, os técnicos Carlitos Baldassari e Mario Oliva não poderão contar com o ponta Fabiano Sperotto, o fullback Guilherme Coghetto e o oitavo Maurício Canterle, todos lesionados.
Estadual – 3ª rodada
Sábado, dia 23
Serra x Centauros – 14h
Farrapos x Charrua – 15h
San Diego x Brummers – 15h30
Classificação
1º Farrapos – 10
2º Serra – 9
3º Charrua – 5
4º San Diego – 1
5º Centauros – 0
6º Brummers – 0
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