Sorriso animal

Quem tem cão ou gato deve ficar atento a sintomas como redução do apetite, salivação excessiva, gengiva avermelhada e aparentes bolinhas amarelas nos cantos dos dentes. Quando isso ocorre, é preciso procurar o veterinário, pois os problemas dentários nos pets podem afetar o bom funcionamento de órgãos como rins e coração.

Segundo o médico veterinário Maurício Tavares, de Caxias do Sul, a doença periodontal ocorre, em 80% dos casos, a partir dos cinco ou seis anos e é mais comum em animais de pequeno porte. Tavares recomenda que a escovação dos dentes de cães e gatos seja feita de uma a duas vezes por semana com creme dental específico para uso veterinário. Para os primeiros meses de vida, a escova utilizada pode ser a de dedo, a mesma indicada para bebês.

Além dos cuidados em casa, nas visitas anuais ao veterinário para vacinação, é preciso solicitar ao profissional que faça avaliação da dentição do animal. Se o pet já apresentar tártaro, é necessário fazer uma raspagem para limpar, procedimento que normalmente requer anestesia. “Muito mais do que cuidado estético, a doença periodental pode ser um fator de risco para doenças sistêmicas, como cardíacas e renais”, explica.

Caso algum dente quebre e fique algum resíduo que possa gerar dor ou desconforto, o bicho deverá ser submetido a uma extração. Cuidado especial também na alimentação: rações secas são as mais indicadas por deixarem menos resíduos que as pastosas. “O couro cru, encontrado em formato de osso ou palito para mastigação, ajudam a eliminar resíduos, mas não dispensam a limpeza”, observa Tavares.

Sintomas: Mau hálito, falta de apetite, dificuldade para se alimentar, salivação, tremor de cabeça, alterações comportamentais, gengivas avermelhadas, acúmulo de placa, tártaro e manchas.

Como prevenir: O mercado pet dispõe de escovas específicas em diversos tamanhos e formatos. As de dedo são mais fáceis para o manuseio e indicadas para começar o tratamento. Os cães e gatos precisam de creme dental específico, pois o produto é engolido e as pastas humanas não são apropriadas para uso interno.

Reportagem: Alexandra Duarte

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