Supermercados projetam crescimento de 7,7%

Com um consumidor mais endividado do que no período de festas do ano passado, as vantagens financeiras, os descontos e a variedade de formas de pagamento são as apostas dos supermercados gaúchos para incrementarem as vendas de Natal e Ano-Novo em 2013. É o que mostra levantamento encomendado pela Associação Gaúcha de Supermercados ao Instituto Segmento Pesquisas e divulgado nesta semana. A pesquisa, que ouviu 200 consumidores de 18 a 65 anos de diferentes classes sociais, entre 11 e 22 de outubro, e 20 diretores de empresas do setor de todos os tamanhos e regiões do Estado, mostra o otimismo dos supermercadistas para o período: a expectativa é de um crescimento nominal de 7,7% nas vendas em relação ao Natal e Ano-Novo de 2012.

 
A participação dos supermercados

A pesquisa do Instituto Segmento avaliou as intenções de compra, as projeções de vendas e as variações de preços de 21 itens de alta procura no período festivo de fim de ano. Do total destes produtos avaliados, 14 serão comprados majoritariamente em supermercados e, em média, 48,1% dos gastos totais dos entrevistados com as festas de final de ano vão ficar nos caixas do setor. Entre os 200 consumidores ouvidos, o gasto médio em supermercados será de R$ 407,03 para o Natal e o Ano-Novo.

Segundo estimativas da Agas, os supermercados gaúchos vão absorver pelo menos 20% dos R$ 9 bilhões a serem injetados na economia gaúcha pelo 13º salário, o equivalente a R$ 1,8 bilhão.

 
O que os consumidores procuram

Além dos produtos alimentícios e bebidas, os supermercados também são o local escolhido para as compras de presentes por muitos gaúchos. “A proximidade de casa e as facilidades de pagamento são fatores decisivos para estas pessoas que optam por comprar presentes no setor. No entanto, os brinquedos tradicionais vendidos em supermercados, como carrinhos e bonecas, ganham a concorrência cada vez mais forte de tablets e smartphones, majoritariamente vendidos por outros setores”, explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. Segundo os dados do Instituto Segmento, 23% de todos os presentes vão ser comprados em supermercados. “Neste caso, os supermercados ganham força na semana imediatamente anterior ao Natal, quando os consumidores vão em busca de presentes menores para amigos, colegas e outras pessoas do seu convívio”, projeta o supermercadista. Longo lembra, entretanto, que metade dos presentes de última hora serão adquiridos nas lojas do setor.

Presentes mais baratos

O maior endividamento dos consumidores resultará, também, na procura por presentes de menor valor. Segundo a pesquisa do Instituto Segmento, cada entrevistado vai presentear em média quatro pessoas, e os presentes ficarão concentrados no núcleo central das famílias – filhos, pais, cônjuges e avós. “Ainda que esteja mais atento aos gastos, o consumidor quer festejar e segue contemplando as pessoas do seu convívio com presentes”, projeta Longo, destacando que o preço médio dos presentes adquiridos em supermercados ficará em R$ 10.

Faturamento

Otimistas, os supermercadistas gaúchos projetam um crescimento de 7,7% nas vendas de Natal e Ano-Novo, na comparação com o ano passado. As vendas específicas para as festas deverão representar 24,5% do faturamento total dos supermercados em novembro e dezembro. Segundo a pesquisa, 65% dos supermercados pretendem fazer algum tipo de promoção neste período festivo, seja com ofertas em catálogo ou com o sorteio de brindes e até automóveis. As expectativas dos empresários dão conta de que a carne bovina, as aves natalinas (frangões, perus e chesters), as bebidas em geral (refrigerantes, cervejas e espumantes), os cortes suínos e os panetones serão os itens mais vendidos pelos supermercados nas festas de fim de ano.

Entre os itens que terão maior crescimento percentual em vendas, na comparação com 2012, destacam-se os eletroeletrônicos (+20%), os importados (+19,3%) e a carne bovina (+10,6%).

Em média, os preços dos produtos típicos das festas estão 7,4% superiores aos praticados no ano passado. O principal “vilão” será a carne suína, com alta média de 15,2%. Os brinquedos (+11%), a cerveja (+9,9%) e os refrigerantes (+9,7%) são outros produtos que despontam entre os que mais subiram de preço. “Entre os brinquedos, o cálculo é difícil, já que 80% dos itens vendidos são lançamentos, pela necessidade do setor identificar o personagem da moda ou o super-herói favorito das crianças no momento”, pontua o presidente da Agas.

As informações são da Agas.


É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.