Suspeita de envenenar família em Torres tem prisão temporária prorrogada

Deise Moura dos Anjos está recolhida no Presídio Feminino de Torres; o arsênio foi misturado na farinha do bolo

Suspeita de envenenar família em Torres tem prisão temporária prorrogada
Foto: IGP

Deise Moura dos Anjos, mulher suspeita de envenenar um bolo que levou três pessoas à morte, em Torres, no Litoral Norte gaúcho, teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias.

A decisão é do Juiz de Direito Jefferson Torelly Riegel, em substituição na 1ª Vara Criminal da Comarca local, proferida nesta quinta-feira, 30/01. A mulher está recolhida no Presídio Feminino do município litorâneo.

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O magistrado considerou que a manutenção da segregação é imprescindível ao seguimento das investigações, bem como em razão de diligências que ainda devem ser realizadas.

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O caso

Três pessoas da mesma família morreram após comer um bolo natalino, reunidas em uma casa para o café da tarde, nas vésperas do Natal.

Os resultados de exames laboratoriais apontaram a presença de arsênico no sangue e na urina das vítimas fatais e também dos sobreviventes – entre eles, a mulher que preparou o doce.

A farinha do bolo estava contaminada com altas doses de veneno.

De acordo com o resultado da perícia, a quantidade de arsênio na farinha era de 65 gramas por quilograma, cerca de 2,7 mil vezes maior do que a concentração da substância encontrada no bolo. O químico é a base do veneno arsênico.

Os exames também apontaram a presença da substância em dois sobreviventes e no corpo de uma das vítimas, em quantidades que superavam de 80 a 350 vezes a dose considerada letal. Isso exclui por completo as chances de intoxicação alimentar como causa das mortes.

A farinha foi encontrado em Arroio do Sal, durante buscas na casa da mulher que fez o doce. 

O sogro

Paulo Luiz dos Anjos, sogro da mulher suspeita de ter envenenado um bolo de Natal que matou três pessoas da mesma família, em Torres, também ingeriu arsênico antes de morrer. Exame do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a suspeita. O corpo de Paulo foi exumado.

Paulo morreu em setembro de 2024, depois de consumir bananas e leite em pó, alimentos levados à casa dele, em Arroio do Sal, pela nora Deise Moura dos Anjos.

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