Tacchini começa a testar hidroxicloroquina e outros medicamentos em pacientes com COVID-19

Na segunda-feira, 13/04, o Hospital Tacchini de Bento Gonçalves iniciou o teste de medicamentos que podem auxiliar no tratamento de pacientes com COVID-19. A testagem faz parte de um estudo clínico coordenado pelo Hospital Albert Einstein, Sírio-Libanês, HCor, Hospital Moinhos de Vento e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNET). Batizada de Coalizão COVID Brasil, a iniciativa deve contar com a participação de 40 a 60 hospitais de todo o Brasil, além do Ministério da Saúde e do laboratório farmacêutico EMS.


 

O Tacchini está cadastrado para três diferentes pesquisas. Até o momento, foram iniciadas as pesquisas Coalizão I e Coalizão II. A primeira avaliará se o tratamento com hidroxicloroquina é eficaz para melhorar o quadro respiratório de pacientes com menor gravidade, internados por infecção pelo novo Coronavírus. Também, será observado se a adição de azitromicina pode potencializar o efeito do remédio e se traz benefício adicional. Serão acompanhadas 630 pessoas neste estudo, englobando pacientes de todos os hospitais participantes.

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O Coalizão II envolverá casos mais graves, que necessitam de mais suporte respiratório. As pessoas receberão hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina. O objetivo será verificar possível efeito benéfico adicional, com potencial de melhorar os problemas respiratórios causados pelo vírus. Em torno de 440 pacientes participarão dessa etapa. Os primeiros resultados devem estar disponíveis em até 90 dias.

Ainda nesta semana, os colaboradores do Hospital Tacchini devem finalizar o treinamento e iniciar também o estudo Coalizão III, que analisará a efetividade do anti-inflamatório dexametasona para pessoas com insuficiência respiratória grave, que necessitam de suporte de ventilação mecânica para respirar. Nessa pesquisa, serão incluídos 284 casos.

Dessa forma, em todo o Brasil, serão avaliados 1.344 pacientes – já que nem todos os casos estarão habilitados para participar do estudo clínico. De acordo com a assessoria do Tacchini, há uma série de requisitos elaborados pela Coalizão que deverão ser rigorosamente observados. Não há a informação de quantos pacientes serão avaliados no Tacchini, pois dependerá da demanda, do perfil e do interesse dos pacientes. 

“A iniciativa é fundamental pois tem o objetivo de definir o melhor tratamento para pacientes hospitalizados com COVID-19. Serão diversos centros participando nacionalmente, e deseja-se ter os primeiros resultados já entre 60 e 90 dias”, comenta a Dra. Juliana Giacomazzi, Gerente do Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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