Tacchini e Secretaria de Saúde confirmam recorde de atendimentos e internações em Bento

O Rio Grande do Sul passa pelo seu pior momento desde o início da pandemia e em Bento o cenário não é diferente. Em entrevista ao SERRANOSSA na tarde deste domingo, 28/02, a secretária de Saúde, Tatiane Fiorio, afirmou que, embora a situação seja preocupante, até o momento nenhum paciente ficou sem atendimento, tanto em leitos clínicos quanto em leitos de UTI. “Claro que a velocidade da contaminação nos preocupa, não só aqui, mas em outros municípios, especialmente com a possibilidade de colapsar o sistema. Mas desde o início da pandemia a gente trabalhou para que isso não acontecesse”, afirma, Tatiane. “É preciso que as pessoas se conscientizem que o sistema hospital tem uma capacidade finita, uma capacidade de atendimento, e nós precisamos frear essa subida para que a gente possa dar conta de todos os pacientes que necessitarem”, completa.

A secretária também afirma que as ações têm um tempo de resposta e que as restrições impostas nos próximos dias, aliando o uso de máscara, ambientes ventilados, distanciamento social e uso de álcool gel, podem levar o município a retomar a estabilidade. De acordo com a secretária, a média de tempo que um paciente utiliza um leito de UTI é de 20 dias. Dados do governo do Estado apontam que 60% dos pacientes que são entubados não sobrevivem às sequelas da doença.

Já o Tacchini confirmou que na última quinta-feira, 25/02, o hospital registrou recorde de casos em sua estrutura fast track, responsável pelo atendimento de pacientes com sintomas respiratórios.  Apesar de os dias seguintes apontarem pequenas quedas neste número, sugerindo uma estabilização do quadro, eles permanecem superiores à média de atendimento registrada em outros momentos de pico.   “No momento, o Tacchini registra ainda o maior número de pacientes internados desde o início da pandemia. Contudo, cabe ressaltar que o cenário atual não sugere colapso do sistema, que ocorre apenas quando o volume de pacientes que necessitam de atendimento é maior do que a instituição consegue acolher”, diz o comunicado enviado à imprensa.
Nestes últimos dias, relatos apontaram um temor dos profissionais da saúde quanto à falta de material para o atendimento de pacientes. No entanto, o hospital garante que, desde o início da pandemia, manteve um gerenciamento rigoroso dos seus estoques, antecipando possíveis necessidades. “Atualizações de cenário são repassadas periodicamente pelas equipes responsáveis e em nenhum momento foi apontada qualquer dificuldade de abastecimento tanto de materiais quanto de medicamentos”.

Hospital é seguro
Para finalizar, o Tacchini recomenda que se a população precisar de atendimento médico de urgência por qualquer tipo de patologia procure o hospital. “O Tacchini mantém uma estrutura de atendimento extremamente segura, tanto para pacientes suspeitos Covid-19 quanto pacientes de outras doenças não relacionadas. A instituição e as equipes de trabalho estão preparadas para auxiliar da melhor forma”.