Taxa de desemprego em Bento registra baixo índice comparado ao país

Na contramão da crise, enquanto no Brasil a taxa de desocupação fechou em 12,2% nos primeiros cinco meses do ano, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam 2,44% no índice de desempregos em Bento Gonçalves.

Segundo os dados, foram admitidos 8.177 empregados nos primeiros cinco meses deste ano e registradas 7.171 demissões.  O saldo positivo mostra que Bento se mantém estável e à frente de outros municípios da Serra Gaúcha, ocupando o 2° lugar na região, apenas abaixo de Caxias do Sul nos índices de contratações.

Segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Bertolini Pasin, “isso se dá devido aos grandes investimentos de empresas que se instalam em Bento Gonçalves, gerando mais emprego e renda”, afirma.

O setor que teve mais admissões foi o da Indústria da Transformação com um saldo de 378 postos de trabalho abertos. Em seguida, vieram os setores da Construção Civil e de Prestação de Serviços, com 265 e 212, respectivamente.

O aumento no número de trabalhadores sem carteira assinada também é um dos fatores que ajudou a impulsionar o número de pessoas ocupadas e, consequentemente, o índice de Microempreendedores Individuais (MEI). Dados da Secretaria comprovam que no primeiro semestre deste ano, o número de abertura de empresas foi positivo. Durante o período, 848 empreendimentos se instalaram no município, destes 480 são MEIs, correspondendo a cerca de 60%.

“A Lei do Incentivo, entre outras políticas desenvolvidas pela atual Administração, é uma grande propulsora destes investimentos, pois as empresas obtêm benefícios para se fixarem aqui, gerando novas oportunidades”, reitera o secretário.

O Programa Acessuas Trabalho, da Secretaria de Habitação e Assistência Social, também tem um papel fundamental no desenvolvimento de iniciativas de inclusão no mercado de trabalho e na geração de renda para pessoas em vulnerabilidade social, como forma de garantia do direito à cidadania. Somente no primeiro semestre deste ano, 678 pessoas utilizaram o serviço e tiveram seus currículos enviados para oportunidades no município. Do total de encaminhamentos, 386 candidatos foram contratados.

Em 2016, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média dos rendimentos mensais na Capital do Vinho era de três salários mínimos (um salário equivale a R$ 954), ocupando a 21ª posição no Estado.