Táxis já operam com bandeira 2 em Bento

Extinta em dezembro de 2007, a bandeira 2 voltou a ser adotada pelos taxistas em Bento Gonçalves. O fim da tarifa única (que não leva em consideração o horário da corrida, apenas a distância percorrida) era uma reivindicação antiga da categoria e entrou em vigor em dezembro do ano passado, quando também houve reajuste nos valores. No período da noite e aos finais de semana e feriados, o valor do quilômetro rodado é 20% maior. O presidente da Associação dos Taxistas de Bento Gonçalves, Luis Carlos Cobalchini, considera uma conquista importante. “O trabalhador tem direito a um adicional noturno”, justifica.

O valor de saída (bandeirada) passou de R$ 4,93 para R$ 5,07, e a bandeira única (que era de R$ 2,85 por quilômetro) deixou de existir. Os novos valores cobrados são de R$ 2,93 para bandeira 1 (das 6h às 22h) e R$ 3,51 para bandeira 2 (das 22h às 6h e aos sábados, domingos e feriados). A hora táxi foi reajustada para de R$ 21,15 para R$ 21,78. Nas corridas em que houver o transporte de objetos volumosos de difícil manuseio ou cujo peso exceda a 20kg, a cobrança, além do valor marcado no taxímetro, passa de R$ 2,60 para R$ 2,67. O último reajuste nas tarifas do serviço havia sido concedido em maio de 2014.

Um dos motivos que levou à adoção da tarifa única no passado foi a reclamação dos passageiros de que alguns profissionais não respeitavam o horário correto para cobrança do valor diferenciado. Com a volta da bandeira 2, todos os táxis tiveram os taxímetros trocados.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Bento Gonçalves, Daniel Redante, o valor investido na substituição do equipamento, incluindo instalação e aferição, chegou a R$ 1 mil. O novo modelo de aparelho não permite a troca manual da bandeira, dando mais segurança para os passageiros. “Embora a diferença no valor seja pouca, apenas no quilômetro rodado, já ajuda”, afirma Redante. Apesar disso, ele reclama que o percentual concedido (2,8%) ficou abaixo de reivindicação da categoria, que era de 6%. “Vamos entrar com um novo pedido de reajuste em breve”, adianta.

Foto: Carina Furlanetto