TCE amplia auditoria em Bento pela segunda vez

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) ampliou até o próximo dia 23 o prazo para finalizar a auditoria que está averiguando indícios de desvios de recursos públicos na prefeitura de Bento Gonçalves. A prorrogação da investigação se deve à complexidade das análises feitas pelos auditores, avaliando documentos e sistemas informatizados de contabilidade na secretaria de Finanças do município. Um grupo de seis auditores públicos externos continuará com o processo de fiscalização do TCE-RS em Bento Gonçalves. A auditoria começou há dois meses, em parceria com o Ministério Público Estadual, envolvendo as unidades de inteligência das duas instituições.

Entenda o caso

O caos na secretaria de Finanças veio a público no final de agosto deste ano, quando o então titular da pasta, Olívio Barcelos de Menezes, registrou ocorrência contra a coordenadora de compras, licitação e patrimônio exonerada Luana Della Valle Marcon por peculato após constatada divergência de dados na contabilidade. Ela estava não cargo desde maio de 2011 e é apontada como uma das responsáveis pela licitação que trocou o sistema de informática do município, que teria permitido a ocorrência dos desvios. No dia 11 de outubro Menezes também foi exonerado, por supostamente estar envolvido no esquema. Desde então a prefeitura instaurou uma auditoria interna para apurar as irregularidades.

O caso também vem sendo acompanhado pelo Ministério Público (MP), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal de Vereadores, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Ainda não é possível afirmar quanto foi desviado e nem quanto dinheiro há em caixa. Em razão disto, obras foram paralisadas na cidade e estagiários e cargos em comissão (CCs) foram demitidos como forma de garantir economia dos recursos.

Na última semana, o MP pediu o afastamento cautelar do prefeito Roberto Lunelli e dos secretários de saúde e obras, Alex Luiz Bareta, e de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Heber Moacir dos Santos, alegando que eles teriam autorizado continuidade de obras não prioritárias. O pedido não foi aceito pela Justiça.

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