Terapia sexual: alternativa para problemas a dois

Luciana, 32 anos, casada, socialite, queixa-se à terapeuta de que está com amplas dificuldades no casamento, pois a cada dia que passa tem menos vontade de tocar o marido ou deixar que ele a toque. Sente que o casal está se distanciando muito, mas não sabe o que fazer para evitar isso. Já leu alguma coisa sobre jogos eróticos em revistas de moda e está lá em busca de ajuda, pois considera o rompimento a pior solução possível. 

João, 32 anos, casado, motorista, relata à terapeuta que não consegue entender o que se passa com ele. De uns tempos para cá, não consegue mais controlar a ejaculação e a esposa se queixa da rapidez. 

Esses dois exemplos ilustram uma realidade que afeta a rotina de 1 a cada 2 brasileiros em algum momento da vida: a disfunção sexual. O problema é universal atinge pessoas de todas as classes sociais, níveis culturais, idades ou estado civil. Por gerar constrangimento, a maioria dos afetados prefere manter a situação em segredo e, por consequência, tarda a buscar ajuda. Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Jaqueline Barretti, de Bento Gonçalves, os casos mais complicados são os que envolvem causas não orgânicas, ou seja, psicológicas. “As pessoas parecem não acreditar que isso possa ser possível, sempre querem encontrar uma taxa hormonal mais baixa ou uma dor qualquer que possa explicar o fato. De maneira geral, quando saem em busca de ajuda, pedem um tratamento por medicação, de preferência barato e com o menor tempo de duração possível. Melhor dizendo: querem uma fórmula mágica para mudar, mas isso não existe”, explica. 

O que pode ajudar, segundo a especialista, é a terapia sexual. “Esta técnica ainda é pouco divulgada e vista com receio, mas ajuda as pessoas a desfrutarem de uma vida sexual mais plena”, garante. O importante, segundo a psicóloga, é não deixar que o problema persista por muito tempo. “Diferentes sentimentos estão presentes em uma relação sexual, alguns agradáveis, outros nem tanto. Silenciar em vez de enfrentar as situações que nos preocupam só leva a uma solução aparente, evitando o conflito imediato. Mas o problema não está resolvido, apenas passou a fazer parte do pacote de situações sem resolver. Mais cedo ou mais tarde, e no momento em que menos se espera, ressurgirá. Por isso é importante procurar tratamento”, aconselha.

Jaqueline Barretti
Psicóloga (CRPRS 9191), especialista em psicoterapia psicanalítica para adultos e adolescentes e terapeuta sexual
Contato: 3451 7430 ou 9959 5816


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