Trabalhadores da construção civil recebem reajuste
A Associação das Empresas de Construção Civil da Região dos Vinhedos (Ascon Vinhedos) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom-BG) definiram, no mês de maio, o dissídio da categoria que teve um aumento geral de 9% mas, para alguns pisos, o reajuste chegou até 19%.
A convenção coletiva contou com a participação dos trabalhadores do setor, incluindo visita às obras e diante da união deles e da posição firme entre a categoria, comissão de negociação e sindicato resultou nos avanços desses pisos da categoria.
De acordo com o novo dissídio, os serventes, que ganhavam R$ 718 de piso contratual em 2010 passaram a ganhar R$ 795, com reajuste para R$ 835 caso permaneçam na empresa após os primeiros 60 dias. Também foi criada uma nova cláusula em que, ao completar seis meses de trabalho, o colaborador passa a receber um piso de R$ 900.
A categoria profissional, que inclui pedreiros, carpinteiros, ferreiros, marceneiros e azulejistas, contava com um salário inicial de R$ 947 no ano passado, que passava para R$ 1.000 depois do período de experiência (90 dias). A partir de maio deste ano, o piso passou para R$ 1.041, o que representa um reajuste de cerca de 10%. Se o profissional se mantiver na empresa após o contrato de experiência – que antes era de 90 dias e agora diminuiu para 60 dias –, o salário passará para R$ 1.190.
Segundo o presidente da Ascon Vinhedos, Irani Raymondi, o reajuste para a categoria no período de maio de 2010 a maio de 2011 foi de 9% e a inflação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) foi de 6,3%, portanto, o ganho real dos colaboradores da construção civil foi de 2,7%. Para o presidente do Sitracom-BG, Itagiba Soares Lopes, o acordo ficou bom para ambas as partes.
Sem acordo com os moveleiros
Na opinião do diretor do Sitracom-BG, Ivo Vailatti, houve uma preocupação por parte dos empresários da construção civil, através da Ascon, no sentido de ofertar uma maior divisão de renda para os colaboradores. Já com o setor moveleiro, maior segmento da economia de Bento Gonçalves, a discussão está longe de terminar. O dissídio deveria ter sido definido em fevereiro, mas segundo Vailatti o sindicato patronal ofereceu apenas 0,97% de reajuste, o que não foi aceito pelos trabalhadores.
Na fachada do sindicato, muitos cartazes ainda estão espalhados, demonstrando a insatisfação da categoria. O diretor garante que o setor do mobiliário cresceu 17% no mercado nacional, 10% nas exportações e ainda teve 5% de redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) durante 2010 e, por isso, deveria rever a sua proposta.
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