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“Trabalhar turismo como setor econômico é uma mola perfeita para desenvolver o Estado” afirma Pasin

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Eleito com quase 58 mil votos no Rio Grande do Sul, Guilherme Rech Pasin tomou posse como deputado estadual no dia 31 de janeiro de 2023

Foto: Lucas Marques

Após mais de trinta anos de espera, Bento Gonçalves voltou a ter um representante na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Guilherme Rech Pasin, do Partido Progressistas (PP) foi eleito no dia 02 de outubro de 2022 com 57.922 votos dos eleitores de todo Estado. Deste total, 26.803 foram em Bento Gonçalves, município onde atuou como prefeito por dois mandatos.

A cerimônia de posse, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, ocorreu no dia 31/01. Na ocasião, Pasin também assumiu como líder da bancada do Progressistas, no parlamento gaúcho. À noite, reuniu familiares, amigos e apoiadores no Centro da Indústria e Comércio (CIC) para comemorar a grande conquista.

Para que esse momento fosse possível, Pasin conta que percorreu uma longa trajetória, passo por passo, degrau por degrau, como ele mesmo diz. Inclusive, ele lembra que foi uma jornada parecida com a que percorreu para se eleger como o mais jovem prefeito de Bento Gonçalves, no seu primeiro mandato, em 2012, aos 29 anos.

“Eu encarava toda a expectativa como responsabilidade e hoje é da mesma forma, encaro toda essa ansiedade, esse estoque de pautas e pleitos, esse olhar que vai ficar muito mais incisivo da população de Bento Gonçalves e da Região para o trabalho, como estímulo, energia e uma grande responsabilidade”, afirma.

Preparação para a campanha

Ao término da última gestão como prefeito, em janeiro de 2021, Pasin foi convidado por líderes regionais a escutar sobre uma possível candidatura à Assembleia Legislativa. “E assim eu fiz. Dia 06 de fevereiro de 2021, senão me engano, iniciei essa jornada”, afirma.

De acordo com Pasin, o então deputado estadual Sérgio Turra (PP), que tinha o objetivo de se eleger como deputado federal fez um convite para que ambos andassem juntos nestes projetos. “A gente foi escutando as lideranças regionais, conversando com prefeitos, vice-prefeitos, dirigentes partidários do Progressistas e de outras agremiações, com entidades regionais, setoriais, sobre a necessidade da nossa região ter essa volta de representação”, explica.

Foi desta forma que o nome Guilherme Pasin começou a crescer ainda mais como possibilidade de concorrer e se eleger como deputado estadual. “Começamos a crescer, visitar municípios, fazer esses compromissos com os diretórios municipais. O time foi aumentando, o número de municípios e diretórios municipais do Progressistas que estavam me apoiando foi crescendo”, relata.

Até que chegou o momento de colocar o nome como pré-candidato a deputado estadual. “A gente sentiu que tinha possibilidade de sair de Bento com essa condição de ser um bom candidato, mas também de buscar fora da cidade esse apelo regional. E deu certo”, destaca.

Pasin finalizou a eleição com votos em 334 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. “A gente fez um trabalho muito forte em 160 cidades e uma votação espetacular, foi a 17º maior votação do Estado, quase 58 mil votos. Em Bento Gonçalves foi a maior votação de um candidato a deputado estadual da história”, comemora.

Contribuições para a Assembleia Legislativa

Sobre as contribuições que espera levar para a Assembleia Legislativa, Pasin afirma que os oito anos de experiência como prefeito e com as entidades representativas onde também atuou, faz com que leve ao parlamento uma voz de base.

“Uma das críticas que a gente tem aos parlamentos em si é que os debates que lá acontecem estão desconectados, muitas vezes, da realidade de quem vive aqui na base. Muitas vezes, falam em aumentar ‘isso ou aquilo’ e o pessoal não entende que meio ponto percentual dentro de um setor econômico para o município causa um rombo, um estrago gigantesco. Então, (a ideia) é aproximar essa verdade que vem das ruas com as decisões do parlamento”, explica.

Pasin também espera levar para a Assembleia gaúcha as necessidades dos municípios. “A angústia e o sofrimento daqueles que esperam por um exame em uma fila de Secretaria de Saúde e compreendendo que isso pode ser resolvido com o apoio do Estado, levando o anseio daqueles que querem um empreendimento turístico e não conseguem enxergar no Estado uma ferramenta de propaganda, de promoção daquele roteiro. Quero fazer com que estas pessoas e estas realidades sejam representadas na Assembleia Legislativa”, garante.

Filho de professora, Pasin afirma que a educação no Estado também precisa ser debatida. “Só se muda uma realidade a partir do estudo. O Rio Grande do Sul tem que parar com a retórica, tem que parar de dizer que educação é importante e na hora de fazer, faz outras situações”, pontua.

Pasin também acrescenta que a educação tem que ser trabalhada de forma diferente, visando o objetivo final, que são os alunos. “Quando se fala em educação, falam do salário dos profissionais que é extremamente importante, de estrutura escolar, de Google Chrome que é importante, de ar condicionado que é necessário, mas esquecem de falar que o objetivo de uma política pública de educação é o aluno, que o tem que sair aprendendo, sabendo, pronto para a vida”, destaca.

Pasin garante que quer levar à Assembleia Legislativa esta pauta para que seja debatida de forma mais ampla. “São essas pautas que a gente vai querer levar e quebrar aquele paradigma de que só um grupo da sociedade pode falar sobre determinado assunto. Tenho minha visão, minha experiência e quero contribuir. Não quero impor regras, mas quero entrar nesse debate justamente para posicionar que há quarenta anos vem dando errado”, argumenta.

Questionado sobre quais as principais pautas de Bento Gonçalves e da região, Pasin responde que a uva e o vinho. “É o que realmente aproxima essa grande Serra Gaúcha. Precisamos buscar uma representação que equilibre as forças dentro desse mercado”, afirma.

Demandas de Bento e Região

De acordo com Pasin, a busca pelo equilíbrio de forças se dá em função de ter pautas diferentes, em setores diferentes, sobre a mesma pauta: a uva e o vinho. “O agricultor fala de aumento do preço mínimo da uva, mas se aumentar o preço mínimo da uva, a gente tem que entender que essa uva vai virar produto que precisa de mercado, não tem como reduzir os valores no preço final, tem que equalizar, é uma cadeia”, analisa.

Contudo, Pasin afirma que as demandas vão além e enumera outras diversas necessidades da região. “Infraestrutura, a necessidade de apoiar os municípios na pauta da saúde, a educação sobre um projeto de futuro para o Rio Grande do Sul. Trabalhar turismo como setor econômico é uma mola perfeita e pronta para desenvolver o Estado e que é encarado de forma amadora pelos governos que vieram antes da nossa entrada na Assembleia Legislativa”, afirma.

Além disso, Pasin garante que vai se ater muito na pauta de desregulamentação e desburocratização do Estado. “Pra mim isso é uma das maiores chagas do Rio Grande do Sul, é essa estrutura emperrada, dura, antiga, bolorenta, que afasta empreendedores e faz com que as coisas não aconteçam no Estado”, diz.

Relação com o governo Eduardo Leite

Pasin conta que o Partido Progressistas aceitou o convite do governador Eduardo Leite para compor a base do governo. “Tivemos um debate muito claro dentro do nosso partido, da bancada principalmente, sobre o que faríamos nesses quatro anos e, pra mim, é muito claro, estamos na política para buscar ajudar a realidade das nossas regiões, ajudar nosso Estado”, afirma.

Pasin salienta que trabalharão junto ao governo de forma clara, sem apoiar pautas que o Progressistas não concorda. “O governo já sabe, já conversamos sobre isso, existem pautas que nós não acompanharemos. Se o governo, por alguma situação quiser aumentar tributos no Estado, nós seremos radicalmente contrários. Estando próximo do governo, conseguimos antever situações e precaver para que não cheguem à Assembleia”, garante.

Por fim, sobre como a comunidade pode contar com o apoio do deputado estadual, Pasin responde que com a presença direta dele. “Teremos uma presença muito forte, muito grande. Líderes da região estarão me acompanhando para fazer essa representação. E com uma coisa a região poderá continuar contando: atuação forte, presença, interesse e mais do que tudo, a busca incessante por resultados”, finaliza.

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